O cabeça de lista do PS por Braga, José Luís Carneiro, após um périplo por várias instituições de saúde do distrito, defendeu o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e acusou a AD de “instabilidade” e “desinvestimento”.
“Construímos coisas extraordinárias nestes 50 anos. Uma das maiores conquistas – o SNS – é de todos, e para todos. É o SNS que não pergunta, à porta do hospital, se alguém tem dinheiro ou seguro de saúde. É o SNS que acolhe todos e cuida de todos. Fomos nós que o criámos, com o voto contra do PSD. E não será quem não acredita no SNS que o irá salvar. Só quem o fundou é que o pode tornar verdadeiramente universal, forte e resiliente”, afirma José Luís Carneiro, citado em nota da candidatura.
José Luís Carneiro defende que ao longo dos oito anos de governação do PS, o SNS foi reforçado com resultados concretos como o aumento do orçamento do SNS em mais de 5,6 mil milhões de euros entre 2015 e 2024; o crescimento de 25% no número de profissionais e a aprovação da nova Lei de Bases da Saúde, do Estatuto do SNS e da criação da Direção Executiva.
O candidato socialista criticou ainda o Governo da AD por ter agravado os problemas existentes: “Prometeram muito e fizeram pouco. A marca que deixaram foi a da instabilidade e da incompetência. Mudanças sucessivas na direção do INEM, da Direção Executiva do SNS e das administrações hospitalares, com nomeações partidárias e sem critério de mérito. A área dos Cuidados de Saúde Primários foi uma das mais prejudicadas. O modelo de contratação mudou de forma apressada, atrasando concursos e empurrando médicos para fora do SNS. Hoje, temos mais 35 mil portugueses sem médico de família do que quando este Governo tomou posse”.
Medidas do PS para a Saúde
José Luís Carneiro reforçou os compromissos do PS para a legislatura que se inicia após as eleições do próximo domingo, entre as quais a saúde oral e saúde mental integradas nos cuidados básicos do SNS, rastreios visuais e auditivos infantis, com atribuição gratuita de óculos a crianças de famílias com baixos rendimentos.
O PS defende ainda o direito à procriação medicamente assistida assegurado no SNS, cuidados paliativos como resposta obrigatória e garantida, a redução em 25% das listas de espera para consultas hospitalares e cirurgias até ao final da legislatura, com prioridade para áreas oncológicas e cardiovasculares, e também a promoção da dedicação plena e exclusiva ao SNS por parte dos profissionais de saúde, com regimes mais atrativos para os médicos que optem por este modelo.
“A saúde não se resolve com planos de 60 dias nem com entregas à gestão privada. A saúde protege-se com investimento, com estabilidade, com valorização dos profissionais e com políticas públicas sustentáveis. É isso que o PS propõe ao país”, conclui José Luís Carneiro.
