O secretário-geral do PS revelou hoje que já falou com Mário Centeno, acrescentando ter ideias para o governador do Banco de Portugal, que será recebido “de braços abertos” pelo partido após a não recondução no cargo pelo Governo.
Em Famalicão, à margem da apresentação das listas autárquicas locais, o líder do PS foi questionado pelos jornalistas sobre que cargo ou que lugar é que caberia no futuro ao ainda governador do Banco de Portugal.
“Tenho ideias. Devo dizer que já falei com o Mário Centeno. Ele agora tem dois meses de responsabilidade, quando acabar esses dois meses de responsabilidade do Banco de Portugal, naturalmente que nós acolheremos com braços abertos o Mário Centeno”, respondeu José Luís Carneiro.
No Parque da Devesa, o “orgulho” do concelho de Famalicão, Carneiro surgiu ao lado do candidato do PS à Câmara local, o enfermeiro Eduardo Oliveira, numa festa que conta com um concerto de Luís Represas e atuação do DJ Mark Knox.
O secretário-geral do PS foi também questionado acerca do próximo Orçamento do Estado, sobre o qual reiterou que não iria fazer acordos prévios sem conhecer primeiro a proposta do Governo.
“Só podemos falar sobre aquilo que conhecemos. Hoje ninguém conhece aquilo que não existe. Ainda não existe um orçamento, vamos aguardar pela proposta que o Governo vai apresentar à Assembleia da República. Julgo que entregará no dia 10 de outubro, no último dia da campanha eleitoral [autárquica]. Vamos aguardar pela proposta que o Governo vai trazer para servir o nosso país e não para servir propriamente as eleições autárquicas”, declarou José Luís Carneiro.
Contudo, o secretário-geral do PS elencou aquelas que são as áreas prioritárias para o partido, assumindo ter preocupações, que são “as preocupações dos portugueses”.
“Primeira preocupação é com os rendimentos e com os salários. É uma das preocupações mais importantes, dos mais jovens, das classes médias, temos de progredir na nossa economia para conseguir atingir o mais rápido possível a média dos salários médios europeus. Em segundo lugar, as questões da habitação. Na segunda-feira ao fim da manhã vou ter respostas para aquilo que é, por um lado, as respostas de emergência habitacional, mas depois respostas mais estruturais para a habitação”, referiu Carneiro.
Outra dos setores em que o PS está preocupado é o da saúde e o do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“Não é compreensível que a chegar ao pico do verão, o Governo não tenha uma coordenação das emergências hospitalares devidamente estruturada para dar previsibilidade e segurança aos nossos concidadãos, particularmente da Grande Lisboa e também na Península de Setúbal”, acusou o líder do PS.