A Autoridade Nacional de Proteção Civil não aceitou o nome de José Alberto Lomba para gerir os destinos da corporação dos Bombeiros de Braga. O motivo evocado é legal: ultrapassou a idade máxima para ser nomeado, isto é, a lei só aceita nomeações até aos 60 anos e Lomba tem 61.
Escolha pessoal do Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros bracarenses, capitão António Ferreira, o ex-comandante dos homens da paz de Vila Verde vê assim gorada a expetativa de aceder a um cargo relevante.
José Alberto Lomba deveria ter tomado posse, no passado dia 6 de janeiro.
O MINHO sabe que, em cima da mesa, esteve a hipótese de uma transferência entre quartéis, de forma a contornar a lei.
No entanto, a ANPC também vetou essa solução por considerar não se tratar de uma verdadeira transferência.
A verdade é que esta sugestão agradava tanto a Braga como a Vila Verde: os primeiros ganhavam um comandante, os segundos livram-se de um problema e a nova Direção poderia escolher um novo rosto.
Este volte face, faz com que José Lomba mantenha os processos judiciais que tem contra a direção da associação vilaverdense: um com vista à anulação do seu afastamento do comando e o outro por difamação e ataque à honra e bom nome.
Depois da saída de António Cerqueira, os bombeiros de Braga estão a ser chefiados pelo subchefe Pedro Ribeiro.
Um dado curioso neste processo, e segundo a mesma fonte, o parecer que rejeita o nome de José Alberto Lomba para Braga é assinado pelas duas mesmas pessoas da Autoridade Nacional da Proteção Civil que integraram a Comissão arbitral que viria a confirmar o afastamento do comando vilaverdense.
E com os quais, José Alberto Lomba, tem um diferendo num dos processos judiciais.
Recorde-se que o afastamento de Lomba começou depois de ter criticado o uso de uma ambulância para o transporte de uma equipa da TVI ao serviço de um programa em direto transmitido a partir de Vila Verde.