O piloto barcelense Joaquim Rodrigues terminou o prólogo do Rali Dakar na décima posição, após prestação deste sábado. Será essa a posição de partida do motociclista para a primeira etapa que se realiza já no domingo.
Em declarações divulgadas na rede social Instagram da equipa Hero, que o barcelense representa, revela que este primeiro percurso correu bem, embora tenha sentido “algo estranho” com a mota.
“Começamos o prólogo e foi o primeiro contacto com a corrida e tive um bom pressentimento. A mota está a correr bem, senti algo estranho, mas correu tudo bem, estou contente com o resultado”, disse o piloto que é apoiado pelo Município de Barcelos.
“Amanhã começa a verdadeira batalha e estou ansioso por isso”, rematou Joaquim Rodrigues.
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O norte-americano Ricky Brabec (Honda) e o catari Nasser Al-Attyiah (Toyota) venceram o prólogo de todo-o-terreno, em motas e carros, respetivamente.
O norte-americano, vencedor da edição de 2020, foi o mais rápido das duas rodas, gastando 6.01 minutos a cumprir os cerca de 10 quilómetros de percurso, batendo o companheiro de equipa, o espanhol Joan Barreda, por apenas seis segundos, sendo ambos da equipa gerida pelo português Ruben Faria.
O luso-germânico Sebastian Bühler (Hero) foi o quinto mais rápido, a 16 segundos do vencedor.
Joaquim Rodrigues (Hero) foi 10.º, a 23 segundos de Brabec, enquanto o transmontano Rui Gonçalves (Sherco) terminou na 20.ª posição, a 35 segundos, nesta que é a sua estreia nas grandes maratonas de todo-o-terreno.
Nos automóveis, Al-Attyiah foi o mais rápido, com o tempo de 5.48 minutos, exatamente o mesmo tempo do que o sul-africano Brian Baragwanath (Century) e oito segundos mais rápido do que o árabe Yazeed Al-Rajhi (Toyota).
O leiriense Ricardo Porém (Borgward) foi o 17.º mais rápido, a 19 segundos do vencedor.
Ao todo, 286 veículos receberam ordem de partida para esta 43.ª edição do rali Dakar, 101 motas, 16 quads, 64 carros, 61 veículos ligeiros e 44 camiões, num total de 546 participantes de 48 países diferentes.
A 43.ª edição da mais emblemática das provas de todo-o-terreno decorrerá entre 02 e 15 de janeiro, com 12 etapas a mediarem entre a partida em Jeddah e a chegada à mesma cidade, num total de 7.646 quilómetros, 4.767 deles cronometrados.
A edição de 2021 fica marcada pela tentativa da organização de tornar a corrida mais lenta e mais segura para os pilotos.
Essa foi a principal lição aprendida em 2020, com a morte do motociclista português Paulo Gonçalves, no decorrer da sétima etapa da prova no ano de estreia naquele país do Médio Oriente.
Assim, a organização decidiu entregar aos pilotos das categorias principais a informação sobre o percurso do dia apenas uns minutos antes da partida de cada etapa, evitando consequentemente que as equipas pudessem estudar o traçado ao pormenor.
Por outro lado, os pilotos da elite das motas estão limitados a seis pneus traseiros ao longo das 12 etapas previstas, num total de 7.646 quilómetros, 4.767 deles cronometrados, obrigando-os a controlar o andamento de forma a poupar borrachas até ao final.
Os pilotos das motas vão ainda estrear um sistema de ‘airbag’ instalado nos casacos, para amortecer os impactos em caso de queda.
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Nos automóveis, mantêm-se as câmaras instaladas nos ‘cockpits’ dos primeiros classificados, de forma a dissuadir a utilização de indicações suplementares.
Estas são as principais novidades de uma prova marcada ainda pelas restrições provocadas pela pandemia do novo coronavírus, nomeadamente as ‘bolhas’ em torno das equipas e os contactos limitados com o exterior.
É nesse cenário que o espanhol Carlos Sainz (Mini), nos carros, e o norte-americano Ricky Brabec (Honda), nas motas, vão tentar repetir as vitórias conseguidas no ano passado.