Uma investigação transmitida este domingo pela estação polaca TVN admite que João Paulo II ajudou e encobrir casos de pedofilia na Igreja Católica da Polónia. Segundo o autor, a situação ocorreu antes de Karol Wojtyla ser papa.
De acordo com a investigação de Michal Gutowski, Wojtyla tinha conhecimento de alguns casos de abuso sexual infantil enquanto era cardeal de Cracóvia, e na ocasição transferiu os padres envolvidos para outras dioceses, para tentar evitar escândalos.
Para sustentar a sua investigação, o jornalista conversou com vítimas e as suas famílias, além de ex-funcionários da diocese de Cracóvia. Gutowski também cita documentos da antiga polícia secreta SB e também alguns da Igreja a que conseguiu aceder.
“Wojtyla queria, antes de mais, ter a certeza de que não se tratava de um engano. Pediu que nenhuma parte fosse informada, e disse que se encarregaria do assunto”, disse uma fonte que pediu anonimanto à AFP, lembrando que contou pessoalmente ao então futuro papa sobre atos de pedoficilia de um padre em 1973.
Outra investigação sobre casos semelhantes vai estar num livro do neerlandês Ekke Overbeek, que vai começar a ser vendido esta semana na Polónia.
Karol Wojtyla foi eleito papa em 1978 e morreu em 2005 aos 84 anos.