Declarações após o jogo entre o Sporting da Covilhã e o Gil Vicente (2-2), da primeira jornada do Grupo E da Taça da Liga de futebol, disputado hoje no Estádio Santos Pinto, na Covilhã:
– Daniel Sousa (treinador do Gil Vicente): “Ajusta-se o resultado. Na primeira parte temos situações em que poderíamos ter matado o jogo. Não aproveitámos e mesmo na segunda também tivemos. No geral, o resultado ajusta-se, porque eles também tiveram as suas oportunidades.
Para mim, esta competição é importante para aferir algumas coisas que eu queria ver em campo. Uma coisa é ter conhecimento de fora, outra é trabalhar com eles.
Já sabíamos das dificuldades que íamos encontrar na Covilhã, a competição em si é especial, curta, equipas de escalão inferior transcendem-se um pouco.
A ideia é jogar todos os jogos para ganhar. Se isso significa chegar à ‘final four’, nós redefinindo os objetivos à medida que vamos caminhando.
Não vi a segurança que, se calhar, queríamos em todos os momentos, podíamos ter feito o 2-0 e sofremos depois dois golos e tudo isso é uma gestão que nós temos de fazer melhor do jogo. Temos de ser mais seguros na nossa gestão, mas podíamos ter terminado logo ali com o jogo, embora dependesse muito da resposta do Covilhã”.
– Alex Costa (treinador do Sporting da Covilhã): “Procurámos ser coerentes com o que temos vindo a fazer. Os jogadores têm mostrado uma crença, um acreditar no processo, que me deixa muito feliz. Hoje, do meu ponto de vista, fizemos o melhor jogo desde que cá estamos. A equipa tem vindo a crescer. Hoje aproveitámos para dar minutos, para conhecermos alguns jogadores em competição, porque mereceram, porque trabalharam, fizeram sempre ver ao treinador que queriam participar, prepararam-se. Eu sempre disse que as oportunidades iam chegar para todos e hoje chegou para alguns.
Hoje o Seydine, na sua posição de raiz [defesa central], também o queria ver. Hoje quisemos ver o Seydine na sua posição e fez um grande jogo.
Estou grato pela atitude que os jogadores mostraram, pela qualidade de jogo. Só não estou feliz porque o resultado foi aquele que foi, mas demonstra que estamos no caminho certo. Mais do que o resultado, a ‘performance’ que demonstrámos hoje perante os nossos sócios, que mais uma vez estiveram incansáveis.
Fomos ao mercado, encontrámos dois jogadores que acrescentaram em muito a esta equipa. Estamos a recuperar alguns jogadores. Vamos aproveitar esta competição para ver ainda mais os seus desempenhos para depois podermos, porventura, melhorar a equipa.
Se continuarmos com este nível, com esta crença, com esta alma que se está a criar aqui, o [Estádio] Santos Pinto vai ter de dar lugar às vitórias.
Hoje apresentámos a equipa que achámos que era a melhor para ganhar este jogo mas, ao mesmo tempo, aproveitámos para descansar jogadores que têm muitos minutos, ver jogadores, porque trabalharam muito bem.
No domingo vamos a Portimão com o intuito de podermos trazer para o último jogo a decisão de nos podermos apurar.
A perder, ou num ciclo tão negativo, e fazer o que eles estão a fazer [os adeptos], eu nunca vi. Se eles não tivessem esta atitude, se calhar os jogadores estariam dentro do campo muito mais intranquilos. Quando jogam em casa, ainda não conseguimos ganhar, olham para as bancadas e é do primeiro ao último minuto a incentivar os jogadores, nunca vi disto. Sempre que entro aqui para jogar, para mim é alegria. Jogar no Santos Pinto tem de ser alegria. Os sócios estão do nosso lado, têm sido incansáveis”.