Declarações dos treinadores do Famalicão e do Marítimo no final do encontro da 29.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, que se realizou em Vila Nova de Famalicão:
– João Pedro Sousa (treinador do Famalicão): “É preciso realçar a qualidade do jogo, a incerteza no resultado, oportunidades numa baliza e na outra. O jogo foi muito rico taticamente.
Entrámos muito bem, a criar oportunidades de finalização, percebendo que com facilidade chegávamos ao último terço e que podíamos chegar ao intervalo a vencer. Mas, isso acabou por não acontecer. Penso que no primeiro momento em que não conseguimos anular o adversário sofremos o golo. Mesmo sofrendo o segundo golo, uma das razões que nos levou à vitória foi estarmos sempre equilibrados.
Estar a perder 2-0 com uma equipa como o Marítimo, que é muito desgastante, não é fácil. Penso que é uma vitória muito justa dos jogadores, uma vitória importante.
Quer os jogadores, quer o clube, quer os adeptos, obrigam-nos a pensar em, no mínimo, uma coisa: manter a classificação que temos.
Já há umas semanas atrás disse que este balneário não sabe perder, não gosta de perder. Somos equilibrados quando ganhámos, e o que nos está a trazer às vitórias é o trabalho. Queremos manter este lugar e olhar os próximos jogos para ganhar, independentemente de dar classificação europeia, porque somos ambiciosos.”
– José Gomes (treinador do Marítimo): “ O jogo, na minha perspetiva, foi muito interessante a nível tático. O jogo mostrou que o nosso plano estava bem feito, conseguimos desequilibrar muitas vezes a equipa do Famalicão.
O primeiro golo do Famalicão surge quando o Riascos, depois de ter sido assistido, está fora a pedir para entrar. Por perrice da equipa de arbitragem não o deixaram entrar. Pelas funções que tinha naquele momento ficámos desequilibrados e surge o golo do Famalicão. Há uma ligação direta entre uma perrice do árbitro e o resultado final.
Há alguma imaturidade da nossa parte, faltou paciência para dar continuidade à circulação, porque os jogadores interpretaram muito bem o plano de jogo. Estávamos a ganhar, faltou paciência.
É verdade que já tivemos jogos, como o Portimonense, em que estávamos a ganhar, temos vários jogos em que acontecem coisas semelhantes. O sabor de vitória acaba por terminar num sabor profundamente amargo e injusto para aquilo que os meus jogadores fizeram em campo”.