O grupo Ghost, que se dedica à transformação de papel, vai investir este ano mais de 35 milhões de euros em duas das três fábricas que detém em Viana do Castelo, disse hoje o proprietário.
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O administrador do grupo, Nuno Ribeiro adiantou que o investimento, candidatado aos fundos do Portugal 2020, destina-se às fábricas Fortissue egrupo Ghost,, instaladas na zona industrial do Neiva.
Na Fortissue, que iniciou laboração há dois meses num investimento de 35 milhões de euros para produzir papel para as outras fábricas do grupo, vão ser investidos mais de 17,7 milhões de euros na automatização das entradas e saídas de matérias-primas, e produtos da linha de produção de papel.
Na Nunex o investimento ultrapassará os 17,3 milhões de euros, e permitirá a criação de novas linhas de produção de fraldas para adultos, de tampões, pensos e uma linha de produção de ‘nowoven’.
A primeira máquina a entrar em funcionamento, “no final deste mês”, num investimento de cinco milhões de euros é a de produção de fraldas para adultos, que vai criar cerca de seis postos de trabalho.
Segundo Nuno Ribeiro a nova máquina, com “tecnologia de topo a nível mundial”, visa reforçar a produção de fraldas da linha de adulto, sendo que atualmente a única fábrica portuguesa de fraldas descartáveis já produz, por dia, um milhão de unidades para criança.
O grupo Ghost, que iniciou a sua atividade em 1996, tem ainda na mesma zona empresarial uma outra fábrica, a Suavecel, de transformação de papel, altamente robotizada, que emprega cerca de 117 trabalhadores.
Produz papel higiénico, rolos de cozinha, guardanapos e lenços de papel. Além de marcas próprias, fornece ainda produtos de marca branca para todas as grandes cadeias nacionais de distribuição, além de Espanha e França.
Segundo Nuno Ribeiro, o grupo Ghost “tem um investimento acumulado bruto de 75 milhões de euros, e prevê chegar aos 125 milhões de euros, nos próximos três anos”.
Em 2014 o volume de negócios do grupo atingiu os “cerca de 50 milhões de euros”, sendo que o objetivo para os próximos três anos é de chegar “aos 100 milhões de euros”.
“Não é um objetivo ambicioso é realista porque nos últimos anos temos crescido imenso”, sustentou.
Já o volume de exportações atingiu, em 2014, cerca de 32 milhões de euros e, segundo Nuno Ribeiro, deverá alcançar os 65 milhões de euros, nos próximos três anos.
“Estamos entre as 639 maiores empresas nacionais, mas prevemos vir a estar entre as 300”, frisou.
As três fábricas do grupo empregam atualmente 230 colaboradores mas, adiantou Nuno Ribeiro, “face aos novos investimentos que o grupo quer realizar”, aquele número deverá chegar aos 350 postos de trabalho.
O grupo iniciou atividade em 1996, na Correlhã, em Ponte de Lima numa fábrica que representou um investimento inicial de 300 mil euros. Em 2000 passou a laborar em Viana do Castelo, resultado de investimento de cinco milhões de euros.
Atualmente cerca de 90 por cento da produção sai das fábricas de Viana do Castelo para grandes retalhistas nacionais e internacionais, sobretudo da Europa.