A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) iniciou a primeira de quatro fases de reforço do molhe do porto da capital do Alto Minho, orçada em 21,4 milhões de euros, informou hoje aquela entidade.
Em comunicado, a APDL explicou tratar-se de “uma obra que será dividida em quatro intervenções executadas por ordem de prioridade”, sendo que “a primeira fase da reformulação do molhe norte do porto de mar de Viana do Castelo representa um investimento superior a 1,4 milhões de euros”.
“Ao longo dos seus 40 anos de existência, esta infraestrutura conta com a observação contínua do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC)”, especifica a APDL.
Para segunda-feira, pelas 11:30, na infraestrutura portuária, na Avenida do Cabedelo, em Darque, na margem esquerda do rio Lima, está previsto a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, presidir à cerimónia de lançamento da obra de reparação e reforço do molhe norte.
Segundo a APDL, a obra do molhe norte “inclui um conjunto de instalações, nomeadamente áreas destinadas à atividade comercial (hotelaria, restauração, estabelecimentos de diversão e lazer), ao exercício da atividade da construção e reparação naval, práticas desportivas e pesca, que representam um elevado peso económico para a infraestrutura portuária nortenha”.
Desde o início do ano de 2019, o porto de Viana do Castelo movimentou 213 mil toneladas de mercadorias, mais 16,3% face ao período homólogo de 2018, tendo as exportações representado 74% daquela carga.
Em comunicado enviado à Lusa no início de agosto, a APDL adiantou que “os granéis sólidos registaram o maior aumento, mais 139% face ao mesmo período de 2018”, e destacou um “forte crescimento dos agroalimentares, cerca de 42 mil toneladas, tornando-se nas principais mercadorias importadas através da infraestrutura portuária”.
“O Porto de Viana do Castelo tem vindo a surpreender, pelo que se prevê que este seja o melhor ano dos últimos seis. É certo que esta infraestrutura dispõe de capacidade instalada e de condições para satisfazer as exigências da região e a prova está nos números divulgados”, afirmou a administração da APDL.
Segundo a administração do porto da capital do Alto Minho, “as exportações representaram 74% do movimento global do porto minhoto”, sendo “o papel kraft a principal mercadoria exportada”.
Em fevereiro, adiantou a APDL, “iniciou-se a construção dos novos acessos rodoviários ao setor comercial do porto de Viana do Castelo, representando um investimento de 5,3 milhões de euros”.
Aqueles acessos, “pretendem melhorar a acessibilidade à infraestrutura portuária, reforçando a sua competitividade e alargando o seu ‘hinterland’”.
Em causa está uma rodovia com 8,8 quilómetros, que ligará o porto comercial ao nó da Autoestrada 28 (A28) em São Romão de Neiva, permitindo retirar o tráfego de pesados do interior de vias urbanas.
A obra, “com prazo de execução de 18 meses, é financiada pela Câmara Municipal de Viana do Castelo e pela APDL”.