Chama-se dexametasona e é o medicamento apontado por um grupo de investigadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, como “eficaz” na luta contra a covid-19, foi hoje anunciado.
De acordo com os autores do teste, o tratamento com este tipo de corticóide “reduz em um terço a mortalidade” entre os pacientes com consequências mais graves provocadas pelo novo coronavírus.
“A dexametasona é o primeiro medicamento que observamos que melhora a sobrevivência em caso de covid-19”, referem os estudiosos, citados num documento divulgado pela Agência France Press.
Os investigadores explicam que “um total de 2.104 pacientes foram escolhidos de forma aleatória para receber dexametasona uma vez por dia”, num estudo que durou 10 dias.
Para comparar, os cientistas utilizaram um grupo de 4.321 pacientes que receberam os cuidados habituais de doentes com o vírus SARS CoV-2.
O medicamento terá sido administrado em “pequenas doses” e reduziu “em um terço” o risco de morte dos pacientes ligados a ventiladores e “um quinto” nos pacientes que recebiam oxigénio.
Segundo o Ministério da Saúde do Reino Unido, aquele país começou a armazenar o medicamento há três meses, depois de perceberem que o mesmo tinha potencial para cura.
“Como vimos os primeiros sinais do potencial da dexametasona, estamos a armazenar desde março”, esclareceu o ministro da Saúde, através de um vídeo.
“Estamos a trabalhar com o Serviço Nacional de Saúde para que o tratamento padrão para a covid-19 inclua a dexametasona a partir desta tarde”, acrescentou.
“É um resultado extremamente bem-vindo. A dexametasona é barata na prateleira e pode ser usada imediatamente para salvar vidas em todo o mundo”, disse Peter Horby, professor de Doenças Infecciosas Emergentes no Departamento de Medicina de Nuffield, da Universidade de Oxford”.
Os detalhes do estudo serão divulgados nos próximos dias.