Luísa Pinto, investigadora da Escola de Medicina da Universidade do Minho e do ICVS, é a única portuguesa entre os 10 finalistas ao Nature Research Awards for Driving Global Impact, que distingue investigadores em início de carreira pelo trabalho, desenvolvido e potencial, com impacto na comunidade.
A investigadora é a única mulher e a única portuguesa neste lote, sendo que além do currículo, os candidatos submetem um projeto a desenvolver. No caso de Luísa Pinto, a depressão é um dos tópicos que tem trabalhado, sendo que com esta proposta pretende construir uma base para criar novos antidepressivos.
Luísa Pinto estuda a relação entre os astrócitos gerados de novo no cérebro adulto – células do sistema nervoso central que têm a função de sustentar e nutrir os neurónios, bem como regular os neurotransmissores – e a patofisiologia da depressão, procurando encontrar novos rumos para a pesquisa clínica e terapias mais eficazes.
No projeto, Luísa Pinto pretende atacar a doença, através de uma visão integrada e inovadora acerca do papel dos astrócitos gerados de novo no hipocampo e da sua função num cérebro deprimido. A partir daqui, tendo o potencial para encontrar um novo conjunto de alvos terapêuticos, o objetivo é desenvolver novas intervenções terapêuticas, como novos antidepressivos.
A depressão afeta cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo que mais de 30% dos pacientes não tem respostas positivas às terapias existentes atualmente.
O anúncio do vencedor e segundo classificado está agendado para novembro deste ano.