Intercalares em união de freguesias de Vieira do Minho marcadas para janeiro

PS e movimento independente avançam com candidaturas

O PS e o movimento independente Pela Nossa Terra vão disputar as eleições intercalares na União de Freguesias de Caniçada e Soengas, marcadas para 12 de janeiro, adiantaram esta sexta-feira fontes das candidaturas à Lusa.

Estas eleições resultam na sequência das demissões dos membros da Assembleia e da Junta de Freguesia, eleitos em 2017 na única lista que se apresentou a sufrágio, encabeçada por João Rocha.

“Da Junta, só eu é que não me demiti”, disse João Rocha, o presidente eleito em 2017.

O autarca explicou que as demissões aconteceram face aos “boatos e comentários” que iam circulando nas duas freguesias e que atentavam contra a dignidade, honra e bom nome dos membros do executivo.

Atribuindo-os a alguns elementos da Assembleia de Freguesia que queriam “chegar ao poder a todo a custo”, João Rocha disse que os boatos e comentários, além de teor político, também continham “acusações pessoais”, tentando “envolver” as famílias.

João Rocha explicou que algumas questões levantadas se prendiam com um cheque de 2.000 euros e um donativo de 6.000 euros de um particular para fazer um caminho.

“Expliquei que os 2.000 euros eram respeitantes ao valor que eu mesmo adiantei do meu bolso para pagar a um empreiteiro e que o donativo de 6.000 euros foi para pagar ao meu tesoureiro o paralelo que a sua empresa forneceu para o caminho. Eles alegavam sempre que eu é que fiquei com o donativo. Dei todas as explicações, mas, mesmo assim, os boatos continuaram”, acrescentou.

Em setembro, e face ao mal-estar instalado, aconteceram as demissões na Assembleia de Freguesia e de dois membros da Junta, abrindo caminho para as intercalares de janeiro.

João Rocha volta a ser candidato, pelo movimento independente Pela Nossa Terra.

“Foram muito os apelos para que não abandonasse as freguesias e não podia dizer que não”, referiu.

Adiantou que a sua aposta é “continuar o trabalho” que vinha a realizar.

A lista do PS será encabeçada por Clara Malainho Carneiro, que sublinhou que as duas freguesias” estão chocadas com os acontecimentos” que levaram às eleições intercalares e que, “num momento tão dramático”, não podia virar as costas às populações locais.

“A candidatura é feita num momento de emergência”, referiu.

Disse que os demissionários levantaram suspeitas sobre a conduta do presidente da Junta, mas vincou que a candidatura que encabeça não faz “juízos de valor”.

“A Justiça é que deve julgar situações menos claras e agora denunciadas”, acrescentou.

Sobre as linhas programáticas, Clara Malainho disse que o turismo será uma das apostas, para divulgar e valorizar o “potencial enorme” que Caniçada e Soengas têm nessa área

Implementar políticas de proximidade, que permitam a fixação dos jovens e o combate ao isolamento dos mais idosos, é outra das apostas da equipa socialista.

Em 2017, na União de Freguesias de Caniçada e Soengas havia 600 eleitores inscritos.

 
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