O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Aéreos ainda não concluiu um relatório sobre a queda de uma aeronave do Aero Clube de Braga e junto a habitações em S. Pedro de Merelim, no concelho de Braga, que, em agosto de 2012, causou dois mortos, um deles o piloto, Coronel Abreu Cardoso, da Força Aérea e ex-presidente do clube.
Imagens: “Jornal da Noite” / SIC (2012)
O organismo estatal debate-se com uma “crónica e clamorosa” falta de pessoal qualificado, pelo que, nem todos os acidentes são investigados.
O relatório preliminar do Gabinete diz que “a aeronave efetuava um voo de treino e lazer, levando a bordo um piloto do sexo masculino, português, 75 anos de idade e um passageiro do sexo masculino, português, de 80 anos de idade. Tendo iniciado o voo pelas 15:10, voaram até Ponte de Lima e regressaram ao aeródromo de partida (Braga) cerca de uma hora depois. O piloto decidiu efetuar uma manobra de “tocar-e-andar”, na pista 25, prosseguindo para um circuito de pista, pela esquerda. Naquele momento o vento soprava do quadrante Oeste, com intensidade fraca (270º/06kt) e a temperatura do ar rondava os 30ºC.
Sócios do aero clube e populares, no e nas proximidades do aeródromo, viram a aeronave, ainda a baixa altitude (cerca de 150 pés), efetuar uma volta apertada para a esquerda (pranchamento de 45º aproximadamente), meter o nariz em baixo e precipitar-se no solo, nas traseiras de uma habitação situada na Rua dos Combatentes, em S. Pedro de Merelim. No local compareceram a GNR, os Bombeiros Voluntários e Sapadores de Braga, bem como uma viatura do INEM, cujo médico declarou a morte dos ocupantes”.
Na ocasião, o então vice-presidente do Aeroclube de Braga, Francisco Andrade, também ele já falecido, afirmou que o piloto tinha “milhares de horas de voo”.