Iniciativa Liberal de Barcelos preocupada com obras nas margens do rio Cávado

Deveria “haver um plano” de salvaguarda do material
Imagem: DR

A Iniciativa Liberal de Barcelos deixou críticas à Câmara de Barcelos depois das cheias que atingiram as margens do rio Cávado junto à ponte medieval, no passado domingo, culminando com inundações na área das obras em curso dos passadiços.

Segundo a concelhia dos liberais, a autarquia deveria, “em articulação com a empresa responsável pela construção das vias pedonais”, definir “um plano que garanta as normas de segurança de trabalho previstas na lei, bem como, salvaguardar os bens materiais (máquinas pesadas, material de construção, etc) de forma a que estes não sejam apanhados pelas fortes correntes do rio”.

Em comunicado, a IL lembra que “durante o passado domingo, a Barragem da Caniçada descarregou água face à chuva forte e persistente que tem caído nos últimos dias”, além dos avisos do IPMA que apontavam para a chuva forte.

Desta feita, a IL considera que o projeto, embora com pareceres positivos, “decorre numa zona sensível da margem direita do rio, que será substituída por uma via pedonal e uma zona de betão, sendo-lhe subtraída sedimentação estável, expondo-a mais à erosão”.

“Além disso, as infraestruturas que estão instaladas apresentam uma altura insuficiente em relação leito do rio em condições adversas”, aponta o partido, alertando ainda para a instabilidade do caudal naquele local, que pode levar “à danificação ao longo do tempo destas infraestruturas artificiais nela em cima montada”, subindo os custos de manutenção.

A concelhia lamenta ainda o “atraso” na obra: “A empreitada tem o valor base de cerca de 3,6 milhões de euros, acrescidos de IVA, e o prazo de execução dos trabalhos está estimado em 13 meses”.

“A Iniciativa Liberal Barcelos dúvida que seja possível cumprir este prazo caso o inverno seja extremamente rigoroso, prevendo uma possível derrapagem do projeto”, lê-se no comunicado enviado esta noite a O MINHO.

A finalizar, “a Iniciativa Liberal Barcelos considera que deve existir o mínimo de intervenção nos rios que passam pelo concelho de Barcelos”.

“Se queremos voltar os barcelenses, incluindo quem nos visita, para a fauna e a flora local, não podemos permitir que estas sejam adulteradas pela aplicação de betão ou outro tipo de material que não se enquadre na sua beleza natural”, conclui o texto.

 
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