A Inditex, empresa espanhola que detém a Zara, Massimo Dutti, Bershka e Pull & Bear, entre outras, foi fortemente afetada pela pandemia de covid-19.
Sublinhe-se que a Inditex é um dos maiores clientes da indústria têxtil na região do Minho, que é, portanto, afetada em caso de abrandamento da produção, como se verificou, com a suspensão de muitas encomendas e com atrasos nas novas coleções.
No primeiro trimestre do corrente ano fiscal (entre fevereiro e abril), a Inditex registou um prejuízo inédito, de 409 milhões de euros, quando em igual período do ano passado tinha obtido lucro de 734 milhões de euros.
Nos resultados apresentados ao mercado esta quarta-feira a Inditex reportou uma acentuada queda das vendas do primeiro trimestre, de 5,9 para 3,3 mil milhões de euros.
Ainda assim, a administração da empresa nota que conseguiu “um estrito controlo dos gastos operacionais”, que desceram 21%.
O encerramento de lojas durante a pandemia penalizou as contas da empresa, apesar de as vendas online terem crescido 50% no total do trimestre e 95% apenas em abril.
A empresa irá também redefinir a estratégia, que passa pelo encerramento de lojas físicas e reforço das vendas digitais.
No ano passado, as vendas online valiam 14% da faturação do grupo, que espera até 2022 elevar o número para 25%.
Por outro lado, a empresa irá fechar entre 1000 e 1200 lojas de menor dimensão nos próximos dois anos.
A empresa acredita que a faturação dessas unidades será compensada por outras lojas próximas e pelas vendas online, bem como pela abertura de lojas de maior dimensão.
A dona da Zara também aponta para a abertura de cerca de 150 lojas por ano, com maior área de vendas e em localizações estratégicas em todo o mundo.