O distrito de Viana do Castelo vai contar, a partir de 01 de junho, com 84 equipas de vigilância e primeira intervenção, num total de 417 operacionais e 94 viaturas, informou hoje a Comissão Distrital de Proteção Civil.
O Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais da fase “reforçado nível III” (1 a 30 de junho) prevê ainda, a partir de 15 de junho, mais um meio aéreo, passando a existir dois estacionados no Centro de Meios Aéreos de Arcos de Valdevez.
De acordo com a Comissão Distrital de Proteção Civil de Viana do Castelo, liderada pelo presidente da Câmara de Caminha, “entre 01 de julho a 30 de setembro, estarão empenhados na fase “reforçado nível IV”, 101 equipas, constituídas por 491 elementos e 106 viaturas”.
A partir do dia 01 de outubro, o empenhamento operacional “reforçado nível III” prevê o envolvimento de 90 equipas, 440 elementos e 93 viaturas.
“Durante o empenhamento operacional ‘reforçado nível IV’ (julho a setembro) o dispositivo vai contar com o reforço de um grupo de combate constituído por dois veículos de comando, quatro veículos de combate a incêndios e dois veículos-tanque guarnecidos por 28 bombeiros provenientes do distrito de Lisboa”, acrescenta a Comissão de Proteção Civil de Viana do Castelo, numa nota enviada hoje à agência Lusa.
Além daquele reforço, o Plano de Operações Distrital aprovado e homologado no dia 14, contempla um reforço de Equipas de Intervenção Permanente (EIP) de cinco para 12, “sendo que duas já estão a trabalhar nos quartéis de bombeiros de Caminha e Vila Praia de Âncora”.
Compostas por cinco elementos cada, aquelas EIP ficam sediadas em permanência nos quartéis das 12 corporações de bombeiros Alto Minho, sendo que Viana do Castelo tem o único corpo profissional da região.
Além da capital do Alto Minho, apenas Caminha possui duas corporações de bombeiros voluntários, uma situada na sede do concelho e, a outra, em Vila Praia de Âncora.
Para o presidente da estrutura distrital trata-se de um reforço “fundamental” para o distrito de Viana, “o único, em todo o país, em que todos os concelhos têm freguesias com risco máximo de incêndio e que se confronta “com um reduzido número de bombeiros, atualmente, 620 operacionais, contra os 650 de 2017”.
“Os números identificam claramente que o distrito, no que ao número de bombeiros diz respeito, é um dos mais deficitários do país, em contraste com a distribuição do número de ocorrências por corpo de bombeiros, que atira o distrito para o topo da lista”, adianta a nota da Comissão Distrital de Proteção Civil.
Aquela estrutura aponta ainda o reforço das equipas de sapadores florestais, que passam de 23 para 25, compostas por cinco elementos, e a colocação de seis corpos nacionais de agentes florestais (CNAF), que vão operar nos municípios abrangidos pelo Parque Nacional da Peneda Gerês.
As CNAF, compostas por cinco elementos e criadas pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, serão repartidas por Melgaço (2), Arcos de Valdevez (2) e Ponte da Barca (2).
O distrito de Viana do Castelo, que integra os concelhos de Viana do Castelo, Caminha, Ponte de Lima, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Paredes de Coura, Vila Nova de Cerveira, Valença, Monção e Melgaço, tem uma área aproximada de 220 mil hectares.
Daquela área, 162 mil hectares são de espaço florestal (cerca de 73%), aproximadamente 51.200 hectares de espaço agrícola (23% do território), e cerca de 4% de espaço social.