O executivo de Monção (PSD) vai iniciar, em fevereiro, sessões de esclarecimento nas 24 freguesias do concelho para informar as populações sobre alterações do Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios, informou esta quarta-feira aquela autarquia.
“O Governo empurrou para as autarquias a responsabilidade de cumprir as recentes alterações legislativas, originando algumas críticas assertivas do poder local. Apesar disso, como responsável pela proteção civil no concelho, tenho a obrigação de cumprir a lei, informando e atuando em conformidade”, afirmou o presidente da câmara, António Barbosa, citado num comunicado hoje enviado à imprensa.
Na nota, o município adiantou que “no périplo pelas freguesias do concelho, António Barbosa far-se-á acompanhar por elementos do gabinete municipal de proteção civil, estrutura criada pelo atual executivo”.
O concelho de Monção tinha 33 freguesias mas, com a reorganização administrativa do território, em 2013 passou a ter 24.
Segundo aquele município, o autarca António Barbosa já reuniu com os 24 presidentes de junta do concelho para “preparar as sessões de sensibilização”, a iniciar em fevereiro, “auscultando quem atua no terreno e está mais próximo das populações locais”.
Segundos dados fornecidos, este mês, pela Câmara de Monção, os incêndios florestais de outubro de 2017 “destruíram cinco primeiras habitações e 17 segundas habitações” e “causaram danos consideráveis em quatro empresas dedicadas à transformação de madeira e pedra”.
No concelho, a área ardida foi de aproximadamente cinco mil hectares, cerca de um quarto do território”.
De acordo com dos dados do município, “além de duas mortes indiretas, por inalação de fumo e queda na salvaguarda de alfaias agrícolas, os incêndios “atingiram severamente os seculares espigueiros, símbolo de identidade cultural e apego à ruralidade, bem como várias quintas de produção de vinho Alvarinho, economia relevante no berço daquela casta”.