Um grupo espanhol que produz filme de polipropileno utilizado em embalagens de produtos alimentares inaugurou hoje um investimento 14 milhões de euros na ampliação da fábrica instalada desde 2008 em Arcos de Valdevez, que permite criar 40 novos empregos.
O presidente do conselho de administração daquele grupo, um dos principais fabricantes europeus daquele material, Santiago Font, adiantou que a nova linha de produção “vai permitir fabricar um novo produto, aumentando o volume de negócios em cerca de 30 % e abrindo oportunidades de negócios em mercados como Península Ibérica, Europa, México, América do Norte, Estados Unidos da América”.
Com aquela ampliação, a unidade instalada no parque empresarial de Mogueiras, na freguesia de Tabaçô daquele concelho do Alto Minho, vai passar a produção das atuais 50 mil toneladas para 107 mil toneladas, já em 2017.
Atualmente a fábrica da Poligal, que representou um investimento inicial de 40 milhões de euros, emprega cerca de 185 postos de trabalho e exporta cerca de 50% e deverá atingir, em 2017, um volume de faturação “entre os 55 e os 60 milhões de euros”.
“Não queremos parar. De certeza que faremos mais investimentos, mas no curto prazo vai consolidar este projeto”, frisou Santiago Font.
Presente na inauguração, o secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos classificou o investimento agora concretizado de “muito importante” para o país, considerando tratar-se de uma das “mais modernas fábricas do setor na Europa”.
“É um momento muito especial para Arcos de Valdevez, para o norte e para o país. Este não é investimento qualquer. Não é importante só pela dimensão e pelos postos de trabalho mas também género de investimento. Trata-se de um grupo que já conhece Portugal desde 2008 e decidiu reforçar o seu investimento de quase 50 milhões de euros. É este o género de investimento que queremos atrair porque traz ambição, inovação, sofisticação, respeito pelos recursos humanos”, frisou, saudando a Câmara de Arcos de Valdevez pelas condições que tem vindo a criar para a captação de investimento estrangeiro.
“Cada vez mais as câmaras municipais são os principais parceiros na captação de investimento”, referiu.
O presidente da Câmara de Arcos de Valdevez, o social-democrata João Manuel Esteves afirmou que a ampliação daquela unidade representou “mais emprego e gente qualificada” no concelho que vai acolher novos investimentos.
“Já assinámos um novo acordo para a instalação de uma nova empresa que vai criar mais 200 postos de trabalho. Temos muitas pequenas e médias empresas que, no último ano, se têm instalado no concelho dos mais diversos setores de atividade”, sustentou.
João Manuel Esteves realçou a “enorme satisfação” por ver que “a política de atração de investimento da Câmara está a surtir efeito mas mais do que isso que todos os industriais que se instalam no concelho destacam a qualidade do trabalho das pessoas”.
“Isso é um muito bom sinal e bom cartão de visitas para a atração de investimento ao concelho”, frisou.
A Poligal
A Poligal é, de acordo com aquele jornal económico, um dos principais fabricantes europeus de filme polipropileno (películas para embalagens de plástico)”
A filial do grupo Peralada, de Barcelona, celebra 25 anos em 2016, com duas fábricas em Espanha e uma em Portugal, e estima faturar 95 milhões de euros, conforme escreveu, em notícia de fevereiro deste ano, o jornal catalão Expansion.
“A Poligal intensifica os seus investimentos com o objetivo de aumentar a produção para chegar a uma faturação de 150 milhões de euros em 2019 e converter-se no maior fornecedor global do setor europeu da produção de embalagens de plástico para produtos alimentares”, escreve o jornal.
O grupo Peralada, dono da Poligal, dedica-se a quatro áreas de negócio principais, que divide em ócio – que inclui casinos e hóteis – vitivinícola – produção e distribuição – cultura – música, dança e museus – e indústria – onde se inclui a Poligal e a Cumar, dedicada ao comércio de marisco.
Fique a par das Notícias de Arcos de Valdevez. Siga O MINHO no Facebook. Clique aqui