Telhados com amianto, internet fraca, rede de incêndios com problemas, polivalente sem mobiliário, balneário sem portas, humidade nos pavilhões, buracos no chão das salas, gabinetes com portas em miniatura e infiltrações na cantina.
Estas são algumas das muitas queixas apresentadas pela Associação de Estudantes da Escola Secundária de Amares, face às condições que encontram no estabelecimento.
A administração escolar remete declarações para a Câmara, mas o presidente não atende o telemóvel. E os alunos, professores e funcionários continuam a ter que enfrentar os dias de escola nestas condições.
Numa das muitas queixas a que O MINHO teve acesso, os estudantes reclamam que “todas as turmas” têm alunos em casa e não existem condições para haver aulas online.
“É um estabelecimento com internet muito fraca e os professores, por mais que queiram e pela boa vontade que tenham, não têm forma de conseguir ensinar os alunos à distância”, começam por queixar-se.
Outra passa pela existência de telhados em amianto no bloco administrativo, embora o mesmo material já tinha sido retirado do pavilhão e dos blocos de aulas.
Apontam ainda que, no polivalente, local onde os alunos passam tempo e convivem no intervalo, há escassez de cadeiras e mesas, existindo apenas quatro mesas e quinze cadeiras.
O balneário dos rapazes não tem porta na casa de banho e existem problemas de humidade no pavilhão, onde, em dias de humidade, o piso fica escorregadio.
Queixam-se ainda da pouca iluminação, buracos no chão das salas, alguns quadros de giz e o isolamento térmico “quase inexistente”.
Referem ainda que o gabinete dos funcionários não tem condições, com estes a terem de se agachar para entrar e trocar de roupa.
O MINHO tem tentado contactar o presidente da Câmara de Amares, Manuel Moreira, ao longo da última semana, mas este ora não atende o telemóvel ora o mantém desligado.
Contudo, na última reunião de Câmara, o edil assumiu que a autarquia vai assumir as competências da Educação e, por isso, irá assumir também a requalificação da escola, mas só depois de uma comparticipação do Governo e da concretização de fundos europeus para esse efeito.
Manuel Moreira prometeu que, em abril, a Câmara passa a ser responsável pela gestão da escola, mas que ainda está à espera da abertura de candidaturas a fundos europeus para poder avançar com a requalificação. Pretende, também, pagar 15% da obra com outros fundos, metade do Governo e a outra metade da autarquia.