IL acusa Pedro Nuno de ser radical por entender-se com partido que integrou FP-25

Numa alusão ao BE
Foto: Lusa

O líder da IL acusou hoje o secretário-geral do PS de ser radical e explosivo por admitir acordos com quem propõe “um pacote de nacionalizações” e integrou no passado ex-membros das FP-25 nas suas listas, numa alusão ao BE.

Em declarações aos jornalistas durante uma visita a uma fábrica de produção de microalgas e de sal marinho em Olhão, distrito de Faro, Rui Rocha reagiu às declarações do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que considerou hoje que “a AD é uma mistura explosiva do ponto de vista do radicalismo e do ataque ao Estado social”.

“Deixem-me dizer a Pedro Nuno Santos: o que é explosivo é Pedro Nuno Santos ter entrado em negociações durante o período da ‘geringonça’ com o BE e o PCP, nomeadamente no caso do BE que integrava nessa altura em listas que apresentava a eleições membros das FP-25”, acusou Rui Rocha.

Para o líder da IL, “isso é que é explosivo, isso é que é radical”.

“Radical é entender-se com partidos que propõem um pacote de nacionalizações, propõem a saída de Portugal da NATO. Isso é que são relações verdadeiramente explosivas”, reforçou.

Rui Rocha disse que, se Pedro Nuno Santos “quiser ter uma discussão séria”, tem que “fazer uma análise” sobre “como é que foi possível entender-se com um partido como o BE que tinha terroristas condenados e não arrependidos nas suas listas, terroristas das FP-25” – os ex-membros das FP-25 que foram condenados e presos foram amnistiados em 1996, com exceção dos que praticaram “crimes de sangue”.

Criadas em abril de 1980, as Forças Populares 25 de Abril (FP-25), organização armada de extrema-esquerda, operaram entre 1980 e 1987 e foram responsáveis por 13 mortes e dezenas de atentados.

Em 1996, a Assembleia da República aprovou uma amnistia para os elementos presos das FP-25, tendo ficado de fora os condenados pelos chamados crimes de sangue.

 
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