O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, confirmou esta manhã que vai abrir, em 2016, um novo espaço comercial no edifício do Dolce Vita de Braga e que uma das lojas será a filial do IKEA.
“O antigo Dolce Vita surgirá com uma outra marca, vai abrir no próximo ano e não só vai abrir o centro comercial como já está também garantida a fixação, nesse centro comercial, de uma grande unidade comercial da IKEA, que é também uma enormíssima mais-valia para a nossa cidade”, disse Ricardo Rio, citado pela Rádio Universitário do Minho que avançou a notícia.
A abertura do Dolce Vita Braga foi, desde 2008, constantemente adiada. Primeiro, porque as obras atrasaram e foram resvalando de 2009 para 2010 e para 2011, e, depois, porque a Chamartín, a empresa que investiu nele mais de 137 milhões de euros, teve de o entregar à banca, avançando para uma reformulação do conceito.
Ricardo Rio garantiu ainda que a Câmara Municipal de Braga tem disponíveis seis milhões de euros para terminar as obras de acesso ao espaço comercial.
O ex-Dolce Vita de Braga vai abrir “finalmente” em 2016, sob alçada da Sonae Sierra, com o nome Centro Comercial Nova Arcada e terá a quarta loja IKEA em Portugal, que criará mais de 250 postos de trabalho.
O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, que anunciou esta manhã o “reaproveitamento” do espaço, que chegou a ter data marcada para abertura em 2011, explicou que esta nova unidade comercial é um “novo atrativo para a cidade” e que trará “muitos benefícios”.
Em comunicado enviado, a Sonae Serra adiantou que a nova loja IKEA irá ocupar uma área de 22.000 metros quadrados distribuída em dois pisos, e vem “reforçar o compromisso do Grupo IKEA em Portugal de continuar a proporcionar o acesso a mobiliário e decoração com design e preços acessíveis à maioria dos portugueses.”
A nova loja da marca sueca irá criar “cerca de 250 postos de trabalho diretos e 50 indiretos”.
“É um novo fator de atratividade para a cidade e também o reaproveitamento de um espaço que estava bloqueado há demasiado tempo”, afirmou Ricardo Rio.
O projeto, que representou um investimento superior a 150 milhões de euros, foi lançado em 2009 pela Chamartin Imobiliária e previa a criação de 3.300 postos de trabalho diretos e cerca de 7.000 indiretos.
Em 2014, depois de anunciado que o centro não iria abrir por falta de lojistas interessados, a principal credora da Charmatin Imobiliária, a Caixa Geral de Depósitos, chegou a acordo com o grupo Sonae Sierra para gestão do espaço.
“A nova unidade vai abrir em 2016, finalmente”, afirmou o autarca, que questionado sobre o impacto de mais uma grande estrutura comercial na cidade para o comércio local mostrou-se otimista.
“Braga tem demonstrado capacidade de animação comercial que não está esgotada no sentido que este novo espaço não vai ser fortemente concorrente do comércio tradicional, bem pelo contrário, o comércio tradicional tem vindo a mostrar animação”, disse.
A marca Dolce VIta em Portugal, além da falência, ainda antes da abertura do Dolce Vita Braga, detém outros três centos comercias, Dolce Vita Monumental, Lisboa e as congéneres do Porto, Vila Real e Coimbra, que estão em processo de falência.
O último a ser posto à venda foi o de Lisboa, depois do Dolce Vita do Porto, junto ao Estádio do Dragão, e de Vila Real terem sido postos no mercado por 41,5 e 43,4 milhões de euros, respetivamente.
Os três centros comerciais acumulam dívidas de 111, 64,3 e 77,8 milhões de euros, pela mesma ordem.
A marca Dolce Vita foi comprada pela Charmatin Imobiliária em 2006 ao grupo Amorim.
Notícia atualizada às 18h52