A Igreja Matriz de Castro Laboreiro vai reabrir “totalmente reabilitada” na sexta-feira, após mais de um ano de obras para “devolver a dignidade” aquele templo, anunciou o pároco local.
“Esta intervenção de reabilitação e restauro vieram devolver a dignidade ao templo que reabre agora ao culto e ao público totalmente reabilitado. Era urgente intervir na Igreja porque em algumas áreas corria sérios riscos. O coro alto ameaçava ruir, e o altar-mor estava muito danificado”, explicou o padre César Maciel.
A intervenção, orçada em mais de 165 mil euros, tem comparticipação de fundos comunitários (70%), do Programa Operacional Regional do Norte (ON.2 – O Novo Norte), ao abrigo do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
Além da Fábrica da Igreja, a componente nacional do investimento prevê ainda uma comparticipação da Junta de Freguesia de Castro Laboreiro.
A Igreja de Nossa Senhora da Visitação, como também é conhecida, está classificada desde 1993 como imóvel de interesse público.
“Esta aposta na preservação do património edificado é muito importante para Castro Laboreiro que vive muito do turismo. O templo é o principal monumento da aldeia e alvo de visitas constantes”, destacou o padre César Maciel.
A empreitada passou pela reabilitação das paredes e janelas, com “um tratamento profundo das cantarias, uma vez que o diagnóstico realizado mostrou que se encontram num estado de degradação bastante avançado”, explicou o pároco.
No interior, a intervenção incluiu a requalificação do coro alto, e a substituição do atual guarda-vento da entrada da igreja, a conservação do altar-mor, trabalhos ao nível do piso, a colocação de uma nova instalação elétrica e a renovação da iluminação.
Uma galeria lateral foi também adaptada a espaço museológico, para exposição de peças de arte sacra.
De acordo com a paróquia, trata-se de um edifício de fundação ainda pré românica, apesar de “bastante descaracterizada devido às obras de que foi alvo ao longo dos séculos”.
Segundos os investigadores, trata-se de uma igreja fundada no século XI, não restando hoje praticamente nada daquilo que foi sua traça primitiva. Os contrafortes do exterior são góticos e, no interior, destaca-se a pia batismal românica, que possui uma decoração considerada interessante pelos historiadores.