O idoso que ficou preso preventivamente, por mais de dez furtos, em Ruílhe, Braga, já tinha matado a tiro um casal, seus patrões, em Samora Correia, distrito de Santarém, no início da década de 2000. Utilizou uma pistola de calibre de guerra vinda da Guerra Colonial, sendo então condenado a 25 anos de prisão.
Domingos Vilaça, de 70 anos, residente na freguesia de Ruílhe, em Braga, foi na altura condenado à pena máxima, aplicada pelo Tribunal de Benavente. Assassinou os patrões, José Maia e Olímpia Maia, ambos dentro da fábrica de congelação onde o próprio residia, situada em Samora Correia.
Entretanto, nas últimas semanas, Domingos Vilaça, que residia sozinho, na freguesia de Ruílhe, em Braga, andava a alarmar essa e outras localidades vizinhas, cometendo mais de uma dezena de furtos, em moradias, sempre enquanto as pessoas estavam a trabalhar.
O Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR de Braga, em face da vaga de assaltos, colocou-se logo em campo, tendo apurado que o autor dos furtos era morador na própria freguesia de Ruílhe e que furtava os vizinhos.
Como O MINHO noticiou, a GNR recolheu ampla prova indiciária, levando à prisão preventiva do cadastrado.
Quer em Ruílhe, quer nas freguesias periféricas, parte das quais banhadas pelo rio Este, no fim de semana o sentimento na população já era de alívio, dado que na sexta-feira o tribunal aplicou ao suspeito a medida de coação mais gravosa, terminando, assim, a vaga de furtos e de inquietação.
Matou patrões à queima-roupa
Há mais de 20 anos, na tarde do dia 20 de agosto de 2002, um casal, proprietário da fábrica de congelados Sabamar, em Samora Correia, foi morto a tiro, à queima-roupa, por um funcionário da própria empresa, tratando-se, então, de Domingos Serafim Vilaça, à data com 49 anos.
Após o duplo homicídio, entregou-se à Polícia Judiciária, confessando tudo.
Na base das desavenças entre o funcionário e os seus patrões, que deixaram três filhos órfãos, estavam problemas relacionados com o facto de o bracarense não ter sempre asseado o seu local de moradia dentro da fábrica, ocupar o lugar de estacionamento dos patrões e incendiar um contentor quando fazia uma queima.