A nonagenária que esta manhã de sábado sofreu queimaduras graves durante um incêndio, no centro da cidade de Braga, tendo sido salva das chamas por três militares da GNR, que iam a passar na Rua D. Pedro V, para entrar ao serviço no Destacamento de Intervenção, encontra-se em estado crítico com prognóstico reservado, no Hospital da Prelada, Porto.
Maria Augusta Pereira, de 91 anos, viúva, vive sozinha, desde que o marido faleceu, após ter sofrido com a morte sucessiva dos dois únicos filhos do casal, um que pereceu durante um acidente de viação e outro que se suicidou pouco tempo depois, segundo apurou esta tarde O MINHO junto dos vizinhos, ainda em estado de choque com a ocorrência.
O palco do cenário, na Rua de D. Pedro V, em São Victor, Braga, foi durante muitos anos a Tasca do Aristides, o nome do falecido marido da vítima, que era mecânico de profissão.
Maria da Glória Barros, proprietária do café em frente, contou a O MINHO ter sido quem deu o alerta, por volta das oito horas da manhã, “quando vinha do pão e senti um cheiro a plástico queimado, ouvindo uns gritos lá de dentro, tendo nessa ocasião pensado o pior”.
Segundo Maria da Glória Barros, de Parada de Gatim, em Vila Verde, “só tive tempo de chamar um vizinho e já aquilo que era só fumo se transformou num mar de chamas, até parece que tinham atirado gasolina lá para dentro, aquilo ardeu tudo muito rapidamente”.
De acordo com a mesma vizinha, “o que valeu foi uns senhores da GNR que iam a pegar ao serviço terem pegado em dois extintores e entrado na casa, trazendo a senhora ao colo, envolta num cobertor, porque mal eles acabaram de sair com a idosa o telhado desabou”.