Idosa doou quinta a paróquia de Vizela e agora vive em casa onde chove

Idosa doou quinta a paróquia de vizela e agora vive em casa onde chove
Paróquia de Santo Adrião de Vizela. Foto: DR / Arquivo

Uma idosa exige uma indemnização superior a 19 mil euros à paróquia de Santo Adrião de Vizela, queixando-se de que vive numa casa onde chove, porque a Fábrica da Igreja não cumpre o acordado quando lhe foi doada por si uma quinta com mais de nove hectares.

Segundo o Jornal de Notícias (JN), que avança a informação, em 1988, Olinda Pinto e uma prima doaram à paróquia a Quinta do Castro Velho, reservando o usufruto dos imóveis até à morte.

Em 2014, foi feita uma adenda ao contrato, na qual a doadora, sem dinheiro para fazer face às necessidades da casa de quatro pisos, renunciava à utilização dos terrenos e, em contrapartida, a paróquia assumia os custos com a manutenção da residência.

Contudo, pouco ou nada terá sido feito nos últimos dez anos naquela casa degradada onde vive também um casal e duas crianças.

Segundo a mesma fonte, a recente instalação de tetos falsos não resolveu os problemas, em especial, de infiltrações num velho telhado que causaram buracos no soalho em madeira. Há ainda vidros partidos, portas estragadas e problema de frio e humidade.

Por isso, Olinda Pinto avançou com uma ação judicial contra a Fábrica da Igreja, que corre termos no Tribunal de Guimarães.

Pede 9.120 euros por intervenções pagas por si, mais dez mil euros por danos morais e uma inspeção à casa para avaliar as condições de habitabilidade.

Em declarações ao JN, o padre Filipe Ferreira garante que “tudo o que foi acordado com as usufrutuárias está a ser cumprido pela paróquia”.

“Fomos fazendo as pequenas intervenções solicitadas. Sempre houve uma excelente relação com a menina Olinda”, acrescenta, notando, ainda, que, há cerca de um ano, quando a septuagenária regressou do hospital, pagou a remodelação de uma casa de banho.

Filipe Ferreira avança, nas declarações àquele jornal, que, “tomando consciência da fragilidade da casa, a paróquia decidiu avançar com obras” e que, em novembro do ano passado, “começou a tratar das licenças e autorizações necessárias”.

Também ao JN, a Diocese do Porto declara que “o padre tem indicações para avançar com a recuperação da casa, logo que as condições climatéricas o permitam”.

Acrescenta que a paróquia tem, agora, “possibilidades financeiras para criar condições que permitam à família viver com dignidade”.

 
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