Hugo Soares veio a Guimarães e diz que o Governo está a salvar o SNS

Secretário-geral do PSD
Foto: PSD

O secretário-geral do PSD disse hoje que o Governo “está a salvar o Serviço Nacional de Saúde”, acrescentando que fez mais em oito meses do que os socialistas em oito anos, que deixaram a Saúde num “estado caótico”.

Hugo Soares reagia assim às criticas lançadas hoje pelo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que acusou o Governo de “desnorte” na Saúde, após a demissão do diretor-executivo do SNS, apontando responsabilidades ao primeiro-ministro Luís Montenegro.

“O que é que importa verdadeiramente aos portugueses sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS)? Importa saberem que o Governo está a salvar o Serviço Nacional de Saúde”, declarou o social-democrata aos jornalistas, à entrada para a sessão dos 50 anos do PSD, em Guimarães, que inclui a homenagem a autarcas e militantes do PSD/Guimarães.

Hugo Soares defendeu que o programa de emergência de 60 dias para o setor da Saúde que o Governo apresentou está a valorizar o SNS.

“Valorizando desde logo as carreiras para as tornar mais atrativas e ter profissionais mais motivados. Em apenas oito meses fizemos aquilo que os socialistas não fizeram em oito anos: chegamos a acordo com os enfermeiros, chegamos a acordo com os médicos, chegamos a acordo com os farmacêuticos”, justificou o secretário-geral do PSD.

Confrontado com o facto de também nesses oito meses ter havido já três diretores-executivos do SNS, Hugo Soares desvalorizou esse dado.

“E durante esses oito meses em que houve três diretores-executivos do Serviço Nacional de Saúde, nós valorizamos as carreiras para motivar os profissionais. Para lá dessa motivação das carreiras, estamos a fazer as cirurgias dentro do tempo determinado de espera, designadamente as cirurgias oncológicas, estamos a reduzir em 20%, por exemplo, o tempo de espera nas urgências, face ao período homologo do ano passado”, enumerou o líder do PSD.

Hugo Soares deixou ainda críticas aos oito anos de governação PS na área da Saúde.

“Há muitos problemas no SNS? Há. O país tinha um SNS absolutamente caótico? Tinha. Não estava a ser aproveitada a capacidade instalada no setor privado e no setor social? Não. Agora está, e estamos a trabalhar para podermos ter um SNS cada vez mais eficaz, apto e próximo dos cidadãos”, frisou o secretário-geral do PSD.

A ministra da Saúde aceitou o pedido de demissão apresentado na sexta-feira à noite pelo diretor-executivo do SNS, António Gandra D’Almeida, surgido na sequência de uma investigação da estação SIC, que denunciou que o responsável acumulou, durante mais de dois anos, as funções de diretor do INEM do Norte, com sede no Porto, com as de médico tarefeiro nas Urgências de Faro e Portimão, referindo que a lei diz que é incompatível.

Hugo Soares diz que esta demissão não fragiliza a ministra, pois, no seu entender, Ana Paula Martins “tem feito um extraordinário trabalho à frente do ministério da saúde, e os portugueses sabem disso”.

“Sabem disso quando os médicos são valorizados e estão mais motivados para atender os seus pacientes, quando os enfermeiros estão mais motivados para fazerem um trabalho excecional nos hospitais e nos centros de saúde. Quando os farmacêuticos estão hoje mais motivados e a servir melhor as populações. Quando estamos a diminuir os tempos de espera nas cirurgias e nas urgências”, exemplificou.

Questionado sobre se a demissão de António Gandra D’Almeida causa alguma instabilidade e desconfiança, Hugo Soares admite que sim, mas refere que o importante são as políticas e não quem as executa.

“É evidente que se não tivesse havido este episódio, se o senhor diretor-executivo do SNS não se tivesse demitido, a estabilidade seria outra. Mas o Governo certamente nos próximos dias terá uma nova escolha e o SNS terá um novo diretor-executivo porque as políticas é que importam, não é quem as executa”, sublinhou o secretário-geral do PSD.

 
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