O Hospital da Senhora da Oliveira, em Guimarães, viu a sua sustentabilidade financeira reforçada em 7,8 milhões de euros. No final do ano passado, os acionistas, os Ministérios da Saúde e das Finanças, injetaram 2,3 milhões de euros para compensar parte da produção realizada acima do valor inicialmente contratado (valor base do contrato programa anual).
Agora, os mesmos acionistas injetaram mais 5,5 milhões de euros de reforço para cumprimento dos compromissos do hospital com fornecedores, melhorando a sua capacidade negocial e permitindo também o cumprimento dos prazos de pagamento previstos por lei.
Este reforço da sustentabilidade financeira do Hospital, além do referido, permite também apostar no desenvolvimento de novos projetos, como a criação de uma área de ambulatório programado de alta resolução e outra de diagnóstico rápido. No sentido de melhorar a qualidade e a rapidez no tratamento dos doentes, o hospital irá avançar com estes projetos de ambulatório que funcionarão em completa interação com as unidades de diagnóstico rápido. O objetivo final é que numa única deslocação do doente ao Hospital seja iniciada e concluída a intervenção necessária a cada doente.
O ambulatório programado de alta resolução implica a realização da consulta, dos meios de diagnóstico, da preparação para a cirurgia e a da própria cirurgia na mesma deslocação do doente ao Hospital.
A área de diagnóstico rápido será, no fundo, de uma forma quase imediata, obter resultados ao nível dos meios complementares de diagnóstico prestados a uma unidade de urgência.
A par destes novos desenvolvimentos, o hospital lança a obra da requalificação e ampliação do Serviço de Urgência neste primeiro trimestre de 2018. Um investimento de 3,1 milhões de euros de forma a melhorar as condições de atendimento dos doentes, assim como melhorar as condições de trabalho dos profissionais de saúde que laboram nesta área.
Com uma ampliação em mais de 1000 metros quadrados em relação à área existente, pretende-se adequar o espaço físico à necessidade assistencial progressiva do doente crítico, ampliar a área pediátrica, criar uma Unidade de Cuidados Intermédios, criar áreas assistenciais organizadas por prioridade na triagem e criar uma nova via de acesso dedicada à consulta externa. Prevê-se que a execução desta obra dure um ano.
Relembre-se ainda que o Hospital está também a implementar um projeto de sustentabilidade e eficiência no uso de recursos energéticos com um valor total de 3,6 milhões de euros, no caso com fundos comunitários, que irá permitir uma poupança anual estimada de 350 mil euros através da produção autónoma de energia por fontes renováveis e pela redução do próprio consumo de energia.
Permitirá ainda resolver vários problemas estruturais dos edifícios hospitalares, assim como uma renovação em termos de instalações, equipamentos e de inteligência, de modo a que a pegada ecológica seja reduzida. Este projeto estará concluído até ao final de 2018.