O presidente do conselho de administração da ULSAM, Franklim Ramos, disse hoje à Lusa que a situação do hospital de Viana do Castelo é “estável”, afirmando que as estruturas disponíveis respondem aos casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.
“Hoje às 09:00 estavam nove pessoas internadas em enfermaria, num universo de cerca de 30 camas, e duas na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI). Neste momento não precisamos de acionar mais estruturas. Neste momento, estamos estáveis, com a situação sob controlo”, afirmou o administrador.
Franklim Ramos acrescentou que, tal como aconteceu desde o início da pandemia de covid-19, o hospital vai criando respostas ajustadas às necessidades.
“Nesta altura, a situação está controlada”, reforçou, adiantando que, até hoje, no distrito de Viana do Castelo, não foi registado nenhum caso da nova variante Ómicron.
O presidente do concelho de administração da ULSAM realçou a “imprevisibilidade” da evolução da doença, mas destacou a “experiência acumulada de situações muito amargas” como vantagem no combate à covid-19.
“Em 2020, nos meses de janeiro, fevereiro o março, a incidência da doença no distrito de Viana do Castelo foi a maior do Norte do país. Os outros hospitais continuaram a fazer cirurgias e nós parámos tudo para acorrer ao número elevadíssimo de doentes”, lembrou, realçando também a importância da vacinação no combate à doença causada pelo vírus SARS-CoV-2.
A ULSAM é constituída por dois hospitais: o de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima.
Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente de 231.488 habitantes nos dez concelhos do distrito de Viana do Castelo e algumas populações vizinhas do distrito de Braga.
A covid-19 provocou pelo menos 5.320.431 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.698 pessoas e foram contabilizados 1.205.993 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 77 países de todos os continentes, incluindo Portugal.