Grávidas e médicos, enfermeiros e assistentes operacionais das áreas de ginecologia, obstetrícia e neonatologia protagonizaram, esta sexta-feira, no Hospital de Braga, uma ‘flash mob’ para assinalar o Dia Mundial da Segurança do Doente.
O tema deste ano, proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS), são “Cuidados de saúde seguros da mãe e do recém-nascido” e pretende aumentar a consciência global sobre as questões de segurança materna e neonatal, especialmente durante o parto.
O Dia Mundial da Segurança do Doente é celebrado desde 2019 na data 17 de setembro. O mote deste ano, apesar de Portugal estar entre os países mais evoluídos na segurança materna e neonatal, certo é que “há muitos países no mundo em que este ainda é um problema muito grave”, salienta Sílvia Oliveira, coordenadora do gabinete de gestão de risco.
“De qualquer forma, faz todo o sentido pegar neste tema para passar mensagens positivas, tanto internamente aos profissionais de saúde como à comunidade”, acrescenta a enfermeira responsável.
Dado o tema, a ideia passou logo por “envolver os serviços de obstetrícia e ginecologia e de neonatologia” que, de imediato, “aceitaram muito entusiasmados”. E logo surgiu ideia de fazer um ‘flash mob’ que faz parar tudo em volta e assim ter “impacto no dia a dia do hospital”.
Além dos profissionais da saúde, a iniciativa envolveu grávidas que, depois, tiveram a oportunidade de participar em dois workshops sobre “temas muito interessantes” na maternidade: massagens para bebés e ‘babywearing’ (técnicas para transportar o bebé, como uma faixa comprida que o envolve e permite à mãe tê-lo seguro e próximo).
O Hospital de Braga associa-se ao Dia Mundial da Segurança do Doente, porque “não poderia ficar indiferente a data e tema tão especiais que reforçam a importância da humanização em cuidados de saúde, adotando-se as melhores práticas para a prevenção de riscos, quer para a mulher, quer para os seus bebés”.
E essa humanização foi um desafio durante a pandemia, tendo o Hospital de Braga feito de tudo para que as recém-mães tivessem todo o apoio possível. “Apesar de haver restrições, assim que o acompanhante, que na maioria dos casos é o pai, tivesse um teste negativo, entrava para junto da mãe. Tínhamos outra limitação que era não poder sair, mas salvaguardávamos a alimentação”, realça Sílvio Oliveira.
Além das iniciativas já mencionadas, o Hospital de Braga também realizou, de manhã, uma exposição fotográfica, com mensagens alusivas ao tema. E logo à noite o Santuário do Sameiro vai iluminar-se de cor de laranja para assinalar a data.
“A OMS desafia a iluminarmos um monumento de cor de laranja. Há dois anos foi o Bom Jesus, o ano passado a Arcada e agora o Sameiro. Felizmente, a cidade de Braga é rica em monumentos, permite-nos ir mudando”, conclui Sílvia Oliveira.