Os hospitais de Braga e Guimarães negam a falta de material no combate à covid-19, denunciada na plataforma Portugal, um passo à frente do coronavírus.
Na edição de domingo, o Correio da Manhã noticia a alegada falta de material em unidades hospitalares, dando eco a denúncias feitas por profissionais da saúde bombeiros na referida plataforma digital.
Contactados por O MINHO, os dois hospitais negam que falte material, tal como já fizera o Centro de Saúde de Esposende, igualmente visado pelas acusações.
No caso do Hospital de Braga é elencada uma longa lista de alegado material em falta nos serviços de endocrinologia, pediatria e otorrinolaringologia, como máscaras ciúrgicas simples e P2, batas descartáveis, viseiras, cógulas, luvas, oxímetros de pulsos, monitores de sinais vitais, termómetros infravermelhos, estetoscópios, otoscópios, câmaras expansoras e desinfetante de mãos.
Em resposta por escrito a O MINHO, o Hospital de Braga garante que “os serviços clínicos deste Hospital encontram-se dotados de todo o equipamento e material necessário para fazer face à covid-19”.
“Aquando do início desta pandemia pode ter havido alguns constrangimentos muito pontuais, mas que rapidamente foram solucionados, assegurando-se assim uma resposta célere a todas as necessidades identificadas. Reiteramos, assim, que não existe falta de qualquer equipamento / material no Hospital de Braga, garantindo-se a segurança e proteção dos nossos utentes e profissionais”, acrescenta.
Já ao Hospital de Guimarães é apontada a falta de viseiras, batas descartáveis, fatos de proteção, cobre-botas e perneiras nas urgências e internamento.
Em resposta também por escrito a O MINHO, a unidade hospitalar “nega a falta de qualquer equipamento de proteção individual”, realçando que “a informação avançada não corresponde à verdade”.
A plataforma Portugal, um passo à frente do Coronavírus é, segundo a sua própria descrição, “um movimento informal da sociedade civil liderado pelo médico Ricardo Baptista Leite com o propósito único, com base no voluntariado de quem quiser colaborar, de promover ações que contribuam para o atraso do número de novos casos de covid-19 no nosso país”.
O site refere que “toda a informação que consta do portal é da exclusiva responsabilidade do profissional (médico, enfermeiro ou bombeiro) devidamente registado neste portal e que forneceu os dados publicados. Este movimento recolhe a informação reportada pelos profissionais e expõe a mesma nesta plataforma”.