Homem que se envolveu com mulher casada de Braga foi condenado por chantageá-la

Pena suspensa de três anos
Foto: Lusa

O Tribunal de Braga condenou a três anos e dois meses de prisão, suspensos por igual período, um homem de Famalicão que se envolveu com uma mulher casada, de Braga, e que a começou a chantagear depois de ela ter acabado a relação.

Vítor C., de 43 anos, ficou, ainda, obrigado a pagar dois mil euros à vítima, e está proibido de se aproximar dela ou de a contactar, quer pessoalmente quer por telefone ou pelas redes sociais.

A pena corresponde ao cúmulo jurídico de três crimes: violência doméstica (dois anos e três meses), extorsão (um ano e seis meses) e roubo, na forma tentada (oito meses).

O Tribunal deu como provado que o arguido conheceu a vítima no Facebook, tendo começado a “namorar” em 2022, facto facilitado por ela trabalhar em Famalicão.

O arguido tinha poucas posses e estava desempregado pelo que ela o ajudava, dando-lhe pequenas quantias em dinheiro, pagando-lhe a luz de casa e carregando-lhe o telemóvel.

Ameaças de que contaria ao marido

Em 2023, a mulher disse-lhe que ia acabar com a relação, mas ele ameaçou-a de que contaria tudo ao marido, e ela, acedeu em continuar, o que sucedeu até agosto. Nesse entretanto, duas vezes por semana, o arguido pedia-lhe dinheiro e as outras ajudas. Então, como ela decidiu findar a “amizade colorida” e disse que não lhe daria mais dinheiro, ele ameaçou-a, por mensagem telefónica: “Vou-te matar, parto-te os dentes todos! Vou para a porta da fábrica gritar a contar tudo”.

A seguir, perseguiu-a quando foi a um hipermercado e desdobrou-se em ameaças, local onde lhe apontou uma navalha a barriga, levando-a a fugir.

As ameaças telefónicas sucederam-se, uma delas pedindo-lhe 50 euros, “para não morrer queimada”.

O arguido chegou a postar-se em frente a casa dela, nos arredores de Braga, ameaçando contar tudo ao marido e aos filhos. Chegou mesmo a telefonar ao cônjuge ameaçando-a de que a mataria, “nem que fosse a última coisa que faria na vida”.

A GNR, que já fora avisada, veio a detê-lo.

 
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