O homem que foi julgado no Tribunal de Braga por alegadas agressões à ex-companheira, uma cidadã brasileira de nome Jessyca, e cuja sentença será lida quinta-feira, nega tê-la ameaçado e agredido: “Em julgamento ficou provado que apenas lhe dei um estalo e um empurrão”, disse a O MINHO, acrescentando que ele próprio é que foi alvo de agressões várias.
Giovanni de Lorenzo, de 30 anos, nega, também, ter urinado em cima da mulher: “É tudo mentira! A acusação baseou-se na queixa que ela fez contra mim, mas está provado que é tudo falso”, afirma.
Acrescenta que esteve, há dois anos, num programa televisivo da TVI onde mostrou provas das agressões de que foi vítima, e que – diz – podem ter sido praticadas por pessoas a mando dela: “Só lhe dei um estalo porque ela me agredia, de forma sistemática. Foi isso que disse ao juiz”, afirma.
Conforme O MINHO noticiou, o Tribunal impôs-lhe, quinta-feira, a submissão a tratamento psiquiátrico, exigência que é condição para que a pena lhe seja suspensa.
Sobre esta exigência, Giovanni de Lorenzo diz que não só aceitou como foi ele quem pediu o tratamento: ”Ando a ser tratado a uma depressão que apanhei por causa disto, e fui eu que pedi ao Tribunal para andar em tratamento médico”, afirma.
Na última sessão, o advogado da vítima, João Ferreira Araújo não se opôs ao tratamento psiquiátrico, pelo que o Tribunal fará, a seguir, a leitura do acórdão, no qual, e ainda como condição da suspensão da pena a fixar, lhe deverá ser imposta a proibição de contactos com a ex-mulher e o montante em que terá de a indemnizar. Se não tivesse aceite o tratamento médico, o arguido seria condenado a prisão efetiva.
Acusação
A acusação que impende sobre o arguido refere que viveram como marido e mulher, durante oito meses em 2018, na Maia e em Braga. E que ela terá sido alvo de ameaças e agressões, em várias ocasiões.