Assaltou e agrediu pessoas, por sete vezes, em plena rua, em Braga e em Guimarães, roubando-lhes dinheiro, telemóveis e outros objetos. Tiago F., de 34 anos, atualmente preso preventivamente em Braga, vai ser julgado este mês no tribunal local.
A acusação diz que em março de 2020, o arguido agrediu a soco e pontapé um homem de nome Filipe, depois de uma altercação. Deu-lhe um murro, a vítima caiu e foi espancada. No dia seguinte, e através do Facebook enviou-lhe uma mensagem, dizendo que lhe iria “partir os dentes todos”.
Em novembro, pela meia-noite, abordou um homem, José R., na Rua da Liberdade, em Creixomil, Guimarães, perguntando-lhe as horas, ao que ele respondeu. Aí o Tiago exclamou: “Não acredito”, o que levou a vítima a mostrar-lhe o telemóvel para as confirmar. Acabou por ficar sem ele porque lho retirou das mãos e fugiu. O Samsung valia 349 euros.
No mês seguinte, o Tiago e um cúmplice, de nome Fernando – cujo processo decorre autonomamente – assaltaram, à noite, na Rua Afonso Palmeira, em Braga, um homem de nome Ricardo. Encostaram-no à parede e o Fernando deu-lhe dois socos na cara, exigindo-lhe dinheiro. Como ele dissesse que não tinha, arrancaram-lhe o telemóvel, um iPhone valendo mil euros e roubaram-lhe uma bolsa com documentos e cartões bancários, fugindo de seguida. Momentos depois, regressaram e, com uma faca ameaçaram a vítima, exigindo-lhe o pin dos cartões, ao que ele se viu obrigado a dar.
O Ricardo acabou por seguir o caminho que os dois levaram e encontrou a bolsa no chão, com as chaves de casa e uma faca com uma lâmina de 11 centímetros. E teve de receber tratamento médico porque ficou ferido no nariz e nas sobrancelhas.
O quinto crime ocorreu em Braga, no bar York Pub, também pela meia-noite, onde estava um cliente de nome Bruno. O Tiago e outro cúmplice de Vítor M. (também com processo-crime a correr em separado) foram ter com ele e disseram-lhe para vir “lá fora”, pois queriam falar-lhe.
No exterior, exigiram-lhe o pagamento de uma dívida, que não existia, e passaram ao roubo, exigindo dinheiro. Como não tinha, retiraram-lhe três anéis que tinha nos dedos e desapareceram. A vítima foi para casa, na Rua dos Peões, em São Vítor, mas os dois seguiram-no sem ele se aperceber. Aí, forçaram a porta do apartamento a pontapé e entraram tendo, no entanto, sido apanhados por uma patrulha da PSP chamada ao local.
O sétimo e último crime porque será julgado, deu-se em janeiro de 2002: o Tiago dirigiu-se a um homem, de nome Diogo, que passava na Avenida D. Frei Bartolomeu dos Mártires, em São Vítor, agarrou-o pela gola do casaco e apertou-lhe o pescoço com as duas mãos. Exigiu-lhe dinheiro e levou 50 euros, tendo-se, a seguir, gabado do feito junto a amigos que encontrou no centro comercial Minho Center.
Está acusado de quatro crimes de roubo, um na forma qualificada, ameaça, ofensa à integridade física simples e posse de arma proibida.