Estão inauguradas as obras de requalificação do Convento de São Francisco, de Real, um espaço classificado como monumento nacional que beneficiou de um projeto de Conservação, Valorização e Promoção que repôs a coesão espacial do conjunto monumental contemplando também o Mausoléu de S. Frutuoso e a Igreja de S. Jerónimo de Real.
Em comunicado, a Câmara de Braga refere que as obras que implicaram um investimento global de cerca de 2,5 milhões de euros (850 mil euros ao abrigo do FEDER, ao qual se juntou um investimento municipal de cerca de 1,6 milhões de euros) foram inauguradas, este sábado, pelo presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, pelo reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, e pelo presidente da CCDRN, António Cunha. A cerimónia contou ainda com a presença do responsável do projecto de arqueologia da Universidade do Minho, Luís Fontes.
Na cerimónia de inauguração, Ricardo Rio, afirmou que se trata de “uma obra de requalificação absolutamente extraordinária”. “Olhando para aquilo que é a valia histórica e patrimonial deste espaço e a maneira como cada um dos recantos foi trabalhado de uma maneira exemplar por quem idealizou e por quem executou, o resultado é ainda mais exuberante e ainda mais justificativo da alegria que, hoje, sentimos”. Uma alegria partilhada, pois, segundo o autarca “este é um projeto de muitos e de todos,”.
É acima de tudo “um compromisso coletivo” que envolveu um “espaço único e muito valioso, com uma marca identitária muito forte para Braga” e que implicou “uma parcela relevante do orçamento municipal, cerca de 1,6 milhões de euros”.
Com os olhos postos no futuro, Ricardo Rio salientou que ainda se trata de “um projeto inacabado”, mas que se pretende transformar “num espaço de visitação, num espaço “cientifico” e de “estudo” que poderá acolher no futuro um pólo arqueológico.
“Esta reabilitação é abrir a porta para que todos possam fruir deste espaço e é também o reconhecimento de um esforço de cidadania que foi feito por muitos para que chegássemos aqui hoje”, destacou ainda o presidente da Câmara, referindo-se à associação “Amigos do Convento”.
A autarquia relembra que o projeto de Conservação, Valorização e Promoção do Convento de S. Francisco de Real resultou de um protocolo de colaboração assinado entre o Município de Braga, a Universidade do Minho, a CCDRN e a Paróquia de Real.
A intervenção que repôs a coesão espacial do conjunto monumental que congrega três edifícios – Igreja de São Jerónimo de Real, Mausoléu de São Frutuoso (monumento nacional) e Convento de São Francisco – corporiza “um conjunto com elevado potencial para o desenvolvimento do turismo cultural e religioso, respondendo ao desafio de valorizar os recursos da cidade e da região”.
