Incêndio: Helicóptero fica inoperacional em Arcos de Valdevez após embater numa ramada

Não há feridos
Incêndio: helicóptero fica inoperacional em arcos de valdevez após embater numa ramada
Foto: Ivo Borges / O MINHO / Arquivo

O único meio aéreo disponível no Centro de Meios Aéreos de Arcos de Valdevez está inoperacional após ter embatido, hoje, numa ramada de videiras, em São Jorge e Ermelo, disse à Lusa o presidente da Câmara.

“Estava a aterrar em campo, em São Jorge, para recolher quatro elementos da Equipa de Intervenção Permanente (EIP) quando uma das pás da hélice embateu na ramada e danificou a pá numa videira. Conseguiram aterrar em segurança e, não há feridos, entre os quatro elementos de EIP e o piloto”, afirmou Olegário Gonçalves.

Em declarações à agência Lusa, o autarca social-democrata adiantou que o “helicóptero está no local”, estando prevista a chegada de mecânicos para fazer a reparação.

“É provável que hoje não consigam. O helicóptero tem de ficar no local. Irá ser substituído durante o dia de hoje ou na manhã de amanhã [quinta-feira] por outro helicóptero”, acrescentou.

Olegário Gonçalves revelou que, “a partir do dia 01 de agosto, o segundo helicóptero [deslocado para Portalegre] voltará a Arcos de Valdevez”.

No passado dia 27 de junho, o secretário de Estado da Proteção Civil disse que para mitigar a ausência de cinco meios aéreos no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) 2025, ia ser deslocado um dos dois meios aéreos, que ainda está em manutenção do heliporto de Arcos de Valdevez para Portalegre.

Na altura, o presidente social-democrata da Câmara de Ponte da Barca apelou ao Governo para reverter a decisão de deslocalizar o segundo meio aéreo do Alto Minho para Portalegre, “para garantir a maior e melhor resposta no combate aos incêndios”.

“O distrito de Viana do Castelo regista, em média, mais de 1.300 incêndios rurais por ano, com um índice de simultaneidade elevado. Em 2024, foi o segundo distrito com maior número de ocorrências, com 265 incêndios, e também o que registou maior área ardida”, alerta o autarca Augusto Marinho.

Em comunicado enviado às redações, a propósito da decisão do Governo de deslocalização de um helicóptero do centro de meios aéreos de Arcos de Valdevez para Portalegre como forma de atenuar a ausência de cinco meios aéreos no DECIR 2025, o autarca do PSD faz “um apelo público ao Governo, na pessoa da ministra da Administração Interna, para reverter a decisão da retirada do segundo meio aéreo do distrito, mantendo todos os meios para garantir a maior e melhor resposta no combate aos incêndios”.

Augusto Marinho lembra que 52% do concelho de Ponte da Barca integra o Parque Nacional Peneda-Gerês (PNPG).

“É fundamental garantir todos os meios possíveis no território para salvaguarda das populações e do imenso património natural existente”, reforça.

Com uma área total de 222 mil hectares, o distrito de Viana do Castelo tem 208 freguesias, 99 das quais (8,9% do total do país) consideradas prioritárias na prevenção de fogos florestais e onde estão identificados 1.185 lugares prioritários.

Na ocasião, Olegário Gonçalves disse estar preocupado com a deslocalização de um helicóptero do heliporto local para Portalegre, mas alegou a necessidade de solidariedade para com outras regiões que não dispõem desses meios aéreos.

“Reagimos com alguma pena. Mas sabemos também que há outras áreas do país que estão sem cobertura de meios aéreos [para combate a incêndios] e obviamente que temos de ser solidários uns com os outros”, afirmou.

Na última terça-feira, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) disse que o helicóptero estava “inoperacional”.

“Acho que já está resolvido o problema de manutenção que tinha e virá para Arcos de Valdevez e ficaremos a ter dos helicópteros”, disse hoje Olegário Gonçalves.

O meio aéreo que na tarde de hoje embateu numa ramada de videira recolhia a equipa da EIP que ia combater um reacendimento de um incêndio, em São Jorge, que às 16:50, mobilizava oito operacionais, apoiados por duas viaturas.

 
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