O Grupo Parlamentar do PSD (GPPSD) diz que há freguesias do concelho da Póvoa de Lanhoso a receber o correio uma vez por semana, devido à falta de recursos humanos dos CTT.
A denúncia consta de uma pergunta enviada pelo GPPSD, entregue na Assembleia da República, dirigida ao ministro das Infraestruturas, João Galamba, “sobre os atrasos na distribuição de correio no concelho de Póvoa do Lanhoso, concelho onde há freguesias que apenas recebem correio uma vez por semana”.
“Esta não é a primeira vez nem a segunda vez em que os deputados do PSD eleitos pelo distrito de Braga vêm questionar o Sr. Ministro sobre esta matéria, na sequência das inúmeras reclamações por parte dos munícipes. Ao Governo compete a fiscalização eficaz do cumprimento do contrato de concessão dos CTT, a qual não tem surtido qualquer efeito na melhoria dos serviços prestados”, lê-se no documento.
Na pergunta enviada ao ministério das Infraestruturas, o PSD afirma que, “por decisões da empresa, às quais os cidadãos são alheios, a distribuição da correspondência na Póvoa de Lanhoso, está gravemente afetada, colocando os mesmos em falta com as suas obrigações devido ao reiterado comportamento dos CTT”.
“À semelhança do que se passa um pouco por todo o distrito de Braga e do país, no concelho de Póvoa de Lanhoso a distribuição do serviço postal não tem servido os interesses das pessoas nem das empresas, tal é o seu atraso. É inconcebível que os cidadãos, que são assinantes de jornais diários, cheguem a estar cinco dias sem receber correio e sem o referido jornal que é diário e estamos a falar da distribuição na sede do concelho”, critica o PSD.
O GPPSD questiona se o ministro das Infraestruturas, João Galamba, “tem conhecimento desta situação, se vai dar instruções para que esta situação seja corrigida e que medidas tomará e quando, por forma a que este problema se resolva definitivamente”.
“Os cidadãos no final do mês têm contas para pagar, nomeadamente o IMI e não recebem atempadamente a respetiva notificação, ou seja, não podem planear o seu orçamento familiar pois não sabem quanto vão pagar. As cartas do IEFP, da Segurança Social, do Tribunal ou da Junta Médica, os vales de pensão de muitos idosos, as consultas médicas agendadas por carta postal, não chegam a tempo e horas com prejuízo grave para a vida de todos e de cada um”, lamenta o GPPSD.
Em resposta enviada hoje à agência Lusa, fonte oficial dos CTT admite “alguns constrangimentos pontuais”.
“Os CTT registaram alguns constrangimentos pontuais na distribuição em Póvoa de Lanhoso, fruto da saída de alguns colaboradores deste Centro de Distribuição Postal, que já foram substituídos, e situações de absentismo não programado, nomeadamente por doença”, refere a empresa.
Os CTT acrescentam que, “com a substituição” dos referidos colaboradores “e com outras medidas de mitigação implementadas, o serviço de distribuição em Póvoa do Lanhoso está já a estabilizar”.
“Os CTT levam muito a sério a qualidade do serviço ao cliente e estão focados, diariamente, na melhoria contínua da sua atividade e empenhados em prestar os melhores serviços aos clientes. A empresa tem ativado os seus planos de contingência e mantido um forte empenho na qualidade de serviço prestado”, sublinha a empresa.