O ministro da Economia e do Mar assinalou hoje existirem condições para que o desempenho da economia seja “bastante melhor” do que o verificado no ano passado, destacando o impulso do turismo, que disse ser um caso de estudo.
“Há condições para o desempenho da economia portuguesa, este ano, ser bastante melhor àquele que era no final do ano passado”, afirmou António Costa Silva, numa audição parlamentar na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação.
O ministro começou a sua intervenção a lembrar que 2022 foi um ano “extremamente difícil” para toda a Europa, face à invasão da Ucrânia pela Rússia, notando que a Europa é “um projeto unificador para a paz”, que agora está no centro de uma disputa geopolítica.
Apesar de a guerra ter condicionado o funcionamento da economia mundial, o ministro referiu existir já alguma recuperação, destacando uma melhoria ao nível do “sentimento económico da União Europeia”.
Segundo os dados citados pelo governante, no primeiro trimestre deste ano, o preço do petróleo baixou cerca de 15%, verificando-se também “quedas significativas” nos preços da eletricidade do gás.
“Isto é muito importante para o desempenho da economia portuguesa. O custo das matérias-primas alimentares também teve uma descida significativa e verificam-se tendências de redução da inflação”, acrescentou.
Costa Silva sublinhou ainda que as exportações aumentaram mais de 13% neste período, destacando o setor do turismo, que classificou como “uma das grandes imagens de marca do país”, a crescer mais 15% face a 2019 (período pré-pandemia).
Em janeiro contabilizaram-se 2,5 milhões de dormidas e 1.300 milhões de receitas, enquanto no mês seguinte as dormidas fixaram-se em quatro milhões e as receitas ficaram “na mesma ordem de grandeza”, 42% acima de 2019.
Já em março as dormidas ascenderam a cinco milhões.
“O turismo é o grande motor da economia nacional. Em 2009 tinha 6.900 milhões de receitas e, em 2022, 21.100 milhões de euros. É uma multiplicação [cerca] de três vezes. É um ‘case study’ [caso de estudo], que se deve à excelência dos operadores económicos”, concluiu.