Faz hoje 39 anos que a Câmara de Paredes de Coura foi destruída por um grande incêndio que haveria de ficar até aos dias de hoje na memória daquele concelho do Alto Minho.
A Rádio Vale do Minho recorda hoje a história, escrevendo que era quase meia-noite quando soou o alarme em toda a vila, porque os Paços do Concelho estavam a arder, tendo a população acorrido ao local em peso.
António Pereira Júnior, na altura funcionário municipal e anos mais tarde eleito presidente da Câmara, lembra em declarações à Rádio Vale do Minho ter entrado no edifício em chamas para salvar documentos importantes: “Do primeiro andar, começámos a atirar para a rua a documentação toda. Quer das finanças, quer do tribunal”, que também funcionava naquele espaço.
Segundo Pereira Júnior, o fogo terá começa com um cigarro mal apagado: “A sala onde eram colocadas as testemunhas era um espaço quase todo revestido a madeira. Era uma zona onde era permitido fumar. Pensa-se que terá sido a ponta de um cigarro que terá espoletado o incêndio”.
Os bombeiros de Paredes de Coura, comandados por Romeu João de Carvalho (1928-1996), pediram ajuda a corporações vizinhas dada a dimensão do incêndio, o qual causou um prejuízo que, nos dias de hoje, será “da ordem de um milhão de euros”.
Ainda de acordo com a Rádio Vale do Minho, a recuperação total do edifício chegou a 21 de setembro de 1985, dia que foram inaugurados os requalificados Paços do Concelho e também a Casa da Cultura, em cerimónia presidida pelo então Ministro da Cultura, António Coimbra Martins.