A Câmara de Guimarães traçou um “programa ambicioso” para promover uma “eco cidadania exigente”, envolvendo quatro universidades e mais de 400 instituições, que visa tornar o município cada vez mais uma “referência e modelo inspirador” em políticas ambientais.
A autarquia divulgou hoje que o projeto, denominado Estrutura de Missão 2030, será uma “plataforma de discussão e reflexão sobre os grandes temas do desenvolvimento sustentável”, entre os quais Alterações Climáticas e Energia, Natureza, Paisagem e Biodiversidade, Resíduos e Eco-Inovação, Ar e Acústica, Mobilidade Sustentável e Planeamento, Água, Eco cidadania, Eco cultura e Turismo Sustentável, Educação, Desenvolvimento Social e Bem-estar, Ambiente Urbano e ‘Smart City’, Comunicação e Relações Internacionais.
O projeto assenta num conselho consultivo onde estão representadas mais de 400 instituições do concelho, sendo que será “adicionado o conhecimento científico à gestão do território”, com a presença da Universidade do Minho (UM), Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Universidade das Nações Unidas (UNU) e Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA).
“Estamos convictos que, através de uma cooperação institucional forte, fomentaremos o ambiente propício para o desenvolvimento de uma agenda Guimarães 2030 que aposte numa participação pró-ativa, aberta, permeável à discussão”, salientou o presidente da Câmara, Domingos Bragança.
O objetivo, referiu o autarca, é mostrar que Guimarães quer “continuar a ser uma referência e um modelo inspirador tanto em Portugal como na Europa e no mundo”.
A Estrutura de Missão 2030, explicou, irá ser guiada pelos “valores da sustentabilidade”, constituindo-se como “um programa ambicioso de transformação da atual sociedade na direção de uma eco cidadania exigente”.
Apesar de confiante, Domingos Bragança alertou que “o caminho a percorrer será longo” e apontou a nomeação como Capital Verde Europeia como um desígnio a seguir.
“Pretendemos preparar uma nova candidatura a Capital Verde Europeia a apresentar quando os vimaranenses e os parceiros da Estrutura de Missão entenderem que é possível”, disse.
No centro da Estrutura de Missão estará o Conselho Consultivo, que funcionará através de dinâmicas de grupo num modelo participativo e informativo do qual resultarão ideias e propostas focadas na transformação de comportamentos em prol de uma sociedade carbono neutro.
Pretende-se que “todos os cidadãos, nos mais diferentes quadrantes da sociedade, se envolvam na discussão e análise dos desafios decorrentes do desenvolvimento sustentável”.
Para além do Conselho Consultivo, a Estrutura de Missão contará com um Conselho Especializado, composto por equipas multidisciplinares, onde se dará primazia à cooperação entre as diferentes instituições em prol do estudo das problemáticas, desenvolvimento de ações/projetos e monitorização do progresso.
Desta Estrutura de Missão farão igualmente parte todos os membros do executivo municipal, um Comité Externo de Aconselhamento, constituído por figuras ligadas ao desenvolvimento sustentável, destacando-se os membros que integraram a anterior Estrutura de Missão, como o professor Mohan Munasinghe, a professora Jane Carrethures e o ex-Mayor Will Winn.