Guimarães: “TOSHiiB4” de Luísa Guerra vence Bolsa Amélia Rey Colaço

Iniciativa integra co-promovida pela A Oficina / Centro Cultural Vila Flor
Imagem: DR

O projeto “TOSHiiB4”, de Luísa Guerra, que propõe uma revisão empírica da sexualidade na era digital, através de uma criação artística entre não-ficção e fantasia, venceu a 8.ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, anunciaram hoje os organizadores.

Como lembra a organização, em comunicado, este anúncio é feito no dia em que “Corre, bebé!”, de Ary Zara e Gaya de Medeiros, projeto vencedor da anterior edição da Bolsa, se estreia em absoluto, no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, no âmbito dos Festivais Gil Vicente.

A Bolsa Amélia Rey Colaço, uma iniciativa promovida por A Oficina / Centro Cultural Vila Flor (Guimarães), Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa), O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo) e Teatro Viriato (Viseu), tem como objetivo apoiar a produção de espetáculos de jovens artistas e companhias emergentes, nacionais e estrangeiros, residentes em Portugal.

“TOSHiiB4” é um projeto que propõe uma revisão empírica da sexualidade na era digital, através de uma criação artística entre a não-ficção e a fantasia, revelaram os organizadores, em comunicado.

“Cruzando referências biográficas da criadora e das cocriadoras do espetáculo e as suas próprias vivências da sexualidade com referências literárias – feministas, transfeministas e não-binárias – ‘TOSHiiB4’ procura refletir sobre a infância, a adolescência e a educação sexual convencional”, explicam.

Tendo como ponto de partida uma ‘pijama party’ entre três amigas, num cenário que replica um quarto ‘oversized’, o projeto propõe levantar a questão: “é mais íntimo convidar alguém para o nosso quarto ou dar-lhe a palavra-passe do nosso computador?”.

Nascida em 2003, em Santa Maria da Feira, Luísa Guerra formou-se na Academia Contemporânea do Espetáculo, no Porto, em 2021, trabalhou como intérprete no teatro e no cinema, em 2021 criou o solo “Eu falo de quem fala de quem fala que estou só”, apresentado no Festival VAGA – Mostra de Ideias, do Teatro do Bolhão, e em 2023, estreou o espetáculo “Mal a Cheiraste”.

O prémio para o projeto vencedor da Bolsa Amélia Rey Colaço traduz-se na atribuição de um valor pecuniário de 24.000 euros, para além do acesso a várias residências artísticas e da possibilidade de apresentar o espetáculo nos quatro teatros parceiros da Bolsa.

A esta edição da bolsa, apresentaram-se 71 candidaturas, avaliadas por um júri composto por Pedro Penim (diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II), Sofia Campos (do conselho de administração do Teatro Nacional D. Maria II), Pedro Barreiro (diretor artístico d’O Espaço do Tempo), Patrícia Carvalho (diretora executiva do d’O Espaço do Tempo), Rui Torrinha (diretor artístico do Centro Cultural Vila Flor), Marta Silva (da educação e mediação cultural de A Oficina), António M Cabrita (diretor de programação do Teatro Viriato) e Maria João Rochete (assistente de programação do Teatro Viriato).

 
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