O novo Plano de Desenvolvimento Social (PDS) de Guimarães 2022-2026, hoje apresentado, define as opções estratégicas do município nas vertentes da coesão e desenvolvimento social, sobretudo nas áreas do risco, da vulnerabilidade e da exclusão social e estrutural.
A apresentação do Plano de Desenvolvimento Social para o Crescimento Inclusivo de Guimarães 2022-2026 decorreu no polo universitário de Azurém da Universidade do Minho, em Guimarães, na presença de dezenas de profissionais ligados à área social, do diretor do Centro Distrital da Segurança Social de Braga, do presidente da câmara, Domingos Bragança (PS), e da vereadora com o pelouro da ação social Paula Oliveira.
Na sua intervenção, a vereadora Paula Oliveira disse que este é o terceiro plano, num “trabalho de continuidade” na caracterização do concelho e de cada freguesia, nas suas necessidades sociais e potencialidades.
“É no domínio social e territorial que hoje enfrentamos grandes desafios. Falei na pandemia, mas podemos falar nos tempos que correm, na guerra, na inflação, nos preços da habitação e da alimentação. Este é um trabalho colaborativo e em rede, com as pessoas no centro das nossas políticas”, sublinhou a vereadora com o pelouro da ação social.
Segundo a autarca, este PDS insere-se no “combate à pobreza e à exclusão social”.
“É um combate coletivo. É de cada um de nós, de cada cidadão. Não podemos ficar indiferentes. Trabalhamos para o bem comum. De que fizemos de tudo o que estava ao nosso alcance e de que travamos um bom combate. O combate pela felicidade e pelo bem de todos”,frisou Paula Oliveira.
A cerimónia ficou marcada por um episódio, quando, após a intervenção da vereadora Paula Oliveira, a presidente da Associação de Surdos de Guimarães levantou-se e saiu do auditório.
“A associação de surdos de Guimarães foi convidada para estar aqui, mas como não há tradutor para língua gestual, não faço aqui nada”, declarou Conceição Mendes, presidente desta associação, ao mesmo tempo que abandonava o local.
A vereadora Paula Oliveira pediu depois desculpa pelo sucedido, dizendo que a responsabilidade era exclusivamente sua.
O município explica que “o novo PDS 2022-2026 tem como princípio uma abordagem metodológica participativa e cocriativa da rede social de Guimarães, através do envolvimento ativo das instituições e a projeção, no documento, das suas propostas, projetos e expectativas futuras para o desenvolvimento social do território”.
“Alavanca a capacidade de ação da rede social no seu todo, reforçando a dinâmica e iniciativa dos agentes estratégicos locais, com base na identificação das necessidades e no diagnóstico das potencialidades do concelho”, acrescenta a autarquia.
Este plano propõe como áreas de intervenção prioritárias o risco, a vulnerabilidade social, a exclusão social e a exclusão estrutural.
“Fundamentadas com base na cartografia dos recursos do concelho e com enfoque nos microterritórios das Comissões Sociais Interfreguesias e cria um quadro de referência para o conjunto dos parceiros da Rede Social de Guimarães, apoiando e direcionando as instituições para as áreas de ação validadas”, sublinha a câmara.
O PDS apresenta-se em dois volumes e pretende também, de acordo com o município, “inovar por via da construção de um documento em atualização permanente, tendo sido criadas tabelas atualizáveis a integrar em suportes informáticos disponibilizados pelo município”.
O documento assume-se também “como um recurso de informação atualizada, com dados estatísticos em permanente atualização, que se deseja facilitador das propostas e projetos a implementar no território”.