A cultura ao vivo volta a Guimarães a partir de 19 de junho, com espetáculos em locais “mais ou menos improváveis”, como pátios e jardins, e com os cuidados recomendados pelas autoridades de saúde, foi hoje anunciado.
A programação abrangerá as duas últimas sextas-feiras de junho e as duas primeiras de julho, naquela que, segundo a presidente da direção de A Oficina, Adelina Pinto, pretende ser uma “lufada” cultural antes do “vendaval” que deverá acontecer a partir de setembro.
“Esta será uma lufada que, depois, a partir de setembro, se pretende que seja um vendaval”, afirmou Adelina Pinto, em conferência de imprensa de apresentação da programação para junho e julho de A Oficina.
O “vendaval” de setembro tem já dois espetáculos marcados, para assinalar os 15 anos do Centro Cultural Vila Flor (CCVF).
Teresa Salgueiro, que esteve na inauguração do CCVF com os Madredeus, vai voltar à ‘cidade berço’, para um concerto com a Orquestra de Guimarães.
Por outro lado, o CCVF assistirá à “estreia absoluta” da peça “Catarina e a beleza de matar fascistas”, de Tiago Rodrigues, diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II, vencedor do Prémio Pessoa 2019.
“Estamos a preparar em força a nova temporada”, afirmou Rui Torrinha, diretor artístico do CCVF.
Até lá, a atividade cultural irá “desconfinando” progressivamente, com espetáculos ao ar livre e com lotação que varia entre as 40 e as 70 pessoas, mas a maior parte deles com transmissão ‘online’, para que o público possa ser muito mais abrangente.
No dia 19 de junho, nos jardins do Palácio Vila Flor, atuam os The BJazz Choir.
Paralelamente, haverá uma visita noturna à descoberta “do outro lado” do Centro Internacional das Artes José de Guimarães, com incursões a espaços normalmente vedados ao público e visualização de peças da coleção que não estão expostas.
Para dia 26, está marcado, para o terreiro do Palácio Vila Flor, um momento de artes ‘performativas’ com António Alvarenga e Leonor Barata, seguindo de um concerto por Benjamim.
O duo Minta & The Brook Trout atua no dia 03 de julho, nos jardins do Palácio Vila Flor.
No dia 10 de julho, as propostas são um concerto pelo pianista Pedro Manuel Pereira e o filme-concerto “Surdina”, de Rodrigo Areias.
Rui Torrinha disse que as atividades decorrerão sempre nos finais de tarde de sexta-feira, para “dar espaço” para que as famílias possam, ao fim de semana, retomar também outras atividades de que estiveram privadas durante o período de confinamento.
Para Ricardo Freitas, diretor executivo de A Oficina, este programa marca o início da fase de desconfinamento da atividade cultural de Guimarães, pelo que se assume como “um momento muito especial”.
“Será um desconfinamento responsável e gradual, com medidas de segurança, bem-estar e conforto, para que seja possível esquecer a pandemia”, referiu.
Na conferência de imprensa, foi ainda anunciado que a direção artística de A Oficina passa a ser assumida por Fátima Alçada.