Decorreu, este sábado, no Hotel de Guimarães, uma sessão presencial do curso “Cibersegurança, Ciberdefesa e Exercícios de Gestão de Crises no Ciberespaço”, promovido pela Competitive Intelligence and Information Warfare Association (CIIWA) e o Cyber Academia and Innovation Hub (CAIH), em parceria com a Academia Militar (AM).
O curso tem o apoio dos Governos Regionais dos Açores e da Madeira e decorre em regime pós-laboral, segundo um modelo híbrido (presencial e virtual), sendo que as sessões presenciais decorrem nas instalações da Academia Militar (Lisboa), em Guimarães, nos Açores e na Madeira.
“Durante o curso, os 74 participantes tomam contacto com as novas metodologias de gestão de crises no ciberespaço e são confrontados com cenários que suscitarão o desenvolvimento de estratégias organizacionais para o combate às ciberameaças”, explica Fernando Amorim, representante da CIIWA no Norte do país, a O MINHO.
A CIIWA é uma associação, sem fins lucrativos, fundada por antigos alunos do Mestrado em Guerra de Informação, dado pela Academia Militar. Esta formação, apesar de ter professores militares e a colaboração da AM, é aberta à sociedade civil, “porque a necessidade de exercitar procedimentos de crise é comum a todas as organizações”.
A formação teve um período remoto, em que foram desenvolvidos conceitos teóricos que agora são convocados para a resolução de problemas, nesta segunda fase. Entre os participantes há um misto de profissionais vindos dos setores público e privado: agentes da autoridade, gestores de empresas tecnológicas com data centres, entre outros.
Esta é uma área académica que não é propriamente nova, o Mestrado em Competitive Intelligence and Information Warfare, na AM, nasceu em 2001, num momento histórico diferente daquele que vivemos hoje, nomeadamente no que toca a vitalidade da internet e das redes sociais. Segundo a CIIWA, “há um awereness (consciência) para o problema, contudo, isso não quer dizer que as organizações estão preparadas”.
Os profissionais que fazem este curso ficam habilitados a aconselhar os gestores de topo das organizações numa situação de crise. A atuação faz-se em dois momentos fulcrais: uma mais imediata, relacionada com o business continuity; e outra mais diferida, relacionada business recovery. O curso ajuda a estruturar o processo de decisão, evitando o colapso das organizações face a este tipo de ameaças.
A parte final do curso, que agora decorre em Guimarães e em simultâneo na Região Autónoma da Madeira, coloca em destaque a componente prática, com a criação de cenários, o planeamento estratégico e a procura das melhores respostas operacionais, em tempo limitado, seguido de uma consolidação das melhores práticas e partilha de know-how entre os participantes e os vários especialistas docentes.