Guimarães quer que o Governo “aloque” 200 milhões de euros de fundos do Portugal 2020 na criação de uma “academia industrial” para daqui a quatro anos duplicar o “peso positivo” de empresas do concelho na balança comercial do país.
Em declarações à Lusa, à margem da apresentação da Set.Up, projeto que vai reunir as várias vertentes de incubadoras empresariais do concelho, o vereador da autarquia vimaranense para a dinamização económica, Ricardo Costa, explicou que a academia que Guimarães pretende criar irá assentar em quatro vertentes: qualificação, capacitação, inovação e investigação, propriedade intelectual, patentes e marcas.
“Através de Guimarães Marca [projeto da autarquia já implementado], onde existem critérios definidos, queríamos que o Governo, através de parcerias neste triângulo perfeito Governo, poder local e indústrias, nesta academia, fazer parecerias para reconverter recursos humanos, capacitar e consciencializar as empresas para que é este o momento, quando as coisas estão bem, que estamos a crescer, que podemos inovar de forma constante para voltarmos a crescer”, salientou Ricardo Costa.
Segundo o vereador, o investimento necessário para o objetivo a que se propõe a nova estrutura é de 200 milhões de euros, verba que Guimarães quer que “seja alocada pelo Governo” ao projeto.
“As empresas Guimarães Marca são 46. Têm um volume de negócios de 500 milhões de euros, exportam 348 milhões de euros, têm um saldo comercial positivo de cerca de 200 milhões de euros, contribuem positivamente para a balança comercial do pai”, apontou.
Ricardo Costa explanou que o objetivo é “ajudar a inovar e a crescer estas empresas de forma ainda mais constante, capacitando os recursos humanos para que isto daqui a 5 anos possam ser 400 milhões”, salientou.
Para isso, o vereador pede o Governo que “olhe com atenção para o projeto”.
“Já tivemos contactos com o Governo, que mostrou interesse, agrado, mas vêm com dificuldades porque receiam que seja privilegiar A em detrimento de B. O que pedimos é que este projeto seja ainda enquadrado no Portugal 2020 e acredito que se houver vontade politica ainda é possível”, referiu.
Caso não seja, Ricardo Costa deixou um outro apelo.
“Se não for integrado no Portugal 2020 que seja já equacionado para o Portugal 2030”, disse.
O Set.Up vai unir “sobre o mesmo chapéu” a LabPac, quem engloba (industrias da área criativa a funcionarem na Plataforma das Artes, o TecPark que agrega industrias tecnológicas no Avepark e a a PevFactory, onde a autarquia pretende instalar a nova academia.