Guimarães: Polopiqué vai despedir metade dos trabalhadores

Quebra na faturação
Guimarães: polopiqué vai despedir metade dos trabalhadores

O grupo têxtil Polopiqué, com cerca de 800 trabalhadores, prevê dispensar aproximadamente metade da sua força laboral, no âmbito de uma reestruturação do negócio para responder à quebra de faturação após a crise energética.

De acordo com a Rádio Vizela, cerca de 280 trabalhadores de duas fábricas em Guimarães e em Vizela já foram dispensados na quarta-feira, via email.

Ao jornal ECO, a empresa anunciou o encerramento de duas unidades de produção – Polopiqué Tecidos (em Moreira de Cónegos) e Cottonsmile (Vizela) –, a reestruturação de dívida com a banca, a venda de ativos e a concentração nas atividades mais rentáveis, como design, logística, vendas, acabamentos têxteis e produção de fio.

Segundo o presidente do Conselho, Luís Guimarães, a Polopiqué “manterá as atividades estratégicas e mais rentáveis da sua cadeia de valor, com foco nas áreas onde possui maior diferenciação, controlo e retorno operacional”.

Para viabilizar o negócio, a Polopiqué interpôs Processos Especiais de Revitalização (PER) para as sociedades de acabamentos e Polopiqué Comércio, além de pedidos de insolvência para as unidades de tecidos e confeção, que acumularam prejuízos.

A Polopiqué Tecidos registou perdas de 1,6 milhões de euros em 2023, enquanto a Cottonsmile teve prejuízos superiores a 1 milhão de euros no mesmo ano, números semelhantes aos de 2022.

A holding Polopiqué SGPS S.A., acionista minoritária da Swipe News (dona do ECO), fechou 2023 com prejuízos de 1,3 milhões de euros, uma melhoria face aos 2 milhões de perdas em 2022, mas ainda pressionada pelos resultados negativos de algumas unidades.

O plano de reestruturação inclui a “simplificação de processos, otimização da cadeia de valor e reforço da sustentabilidade económica e ambiental”, com o encerramento das unidades de confeção de vestuário e tecelagem de tecidos. A

As unidades com maior rendimento operacional serão priorizadas. Apesar de os números exatos da quebra de vendas em 2024 não serem públicos, o negócio têxtil, que inclui as empresas em PER, registava resultados positivos até sofrer um impacto significativo este ano.

Fundada em 1996, em Santo Tirso, a Polopiqué é um dos principais players do setor têxtil europeu e integra o Projeto Lusitano, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com um investimento de 111,5 milhões de euros, do qual mais de 50% já foi executado, em parceria com empresas como Nau Verde, Calvelex, Paulo de Oliveira, Riopele e Twintex. 

 
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