Finalmente, Guimarães! Depois do Montijo, de Setúbal e de Viseu. Após três residências artísticas, eis que “Um D. João Português” chega à cidade, que acolhe a estreia do espetáculo na sua versão integral, marcada para 19 e 20 de janeiro, no Centro Cultural Vila Flor.
Antes, porém, está a ser trabalhado em residência artística o último ato da peça, “A Escuridão ao Fim da Estrada”.
O organismo cultural vimaranense sublinha que, “juntamente com a sua equipa de trabalho, Luis Miguel Cintra habita a Black Box da Fábrica Asa, nestas primeiras semanas de dezembro, para preparar o último segmento do espetáculo, cujo resultado final será aberto ao público esta quarta e quinta-feira, dias 13 e 14 de dezembro, no mesmo espaço”.
Depois de um percurso de 43 anos à frente do Teatro da Cornucópia, Luis Miguel Cintra regressa ao trabalho com um grupo de atores ligados à companhia que entretanto terminou.
Guimarães foi a cidade escolhida para acolher a preparação do derradeiro ato da peça,“A Escuridão ao Fim da Estrada”, o qual cruza a tradução anónima de cordel com o texto original de Molière. Na versão portuguesa, “é o homem quem acaba por ser vencido pela mulher que generosamente o perdoa e força o casamento”. Na versão em causa, “é a doce argumentação de Elvira que tortura a consciência de D. João e desemboca numa cena de fantasmagoria com espetros e outros acontecimentos espetaculares, transformando o casamento da versão portuguesa numa mascarada de Halloween”.