O presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, congratulou-se hoje com a escolha para o “clube restrito das cidades que estão na vanguarda europeia das políticas de sustentabilidade ambiental”.
A Comissão Europeia anunciou hoje que Guimarães, Porto e Lisboa foram as cidades selecionadas em Portugal para participar na “Missão da UE [União Europeia] para 100 cidades neutras e inteligentes até 2030, a chamada Missão Cidades”.
“O facto de Guimarães ser uma das três cidades portuguesas escolhidas, juntamente com Lisboa e Porto, é um indicador claro de que o caminho iniciado em 2014 da sustentabilidade ambiental foi uma visão certa de que as cidades do futuro não podem ignorar os desafios que as alterações climáticas colocam ao desenvolvimento sustentável e consequente qualidade de vida”, refere o autarca, em comunicado.
Na nota, Domingos Bragança (PS) destaca o trabalho de todos os envolvidos nos projetos ambientais do concelho, “como é o caso da Divisão de Ambiente da Câmara Municipal de Guimarães, do Laboratório da Paisagem, das Brigadas Verdes, de todas as eco-escolas e eco-freguesias, e de todos os vimaranenses”, que, segundo o autarca, “colocam o ambiente no topo das suas preocupações”.
“Este prémio é para todos eles”, salienta o presidente da Câmara de Guimarães.
Com um orçamento total de 360 milhões de euros de financiamento do Horizonte Europa para o período 2022-23, a iniciativa visa criar projetos de inovação rumo à neutralidade climática até 2030.
As ações de investigação e inovação irão abranger áreas como a mobilidade limpa, a eficiência energética e o planeamento urbano verde, permitindo ainda a criação de iniciativas conjuntas e a colaboração com outros programas da UE.
Caberá agora à Comissão Europeia convidar as 100 cidades selecionadas a desenvolver contratos de cidades climáticas, que incluirão um plano global de neutralidade climática em todos os setores, tais como energia, edifícios, gestão de resíduos e transportes, juntamente com planos de investimento conexos.
A ideia é que este processo envolva cidadãos, organizações de investigação e o setor privado, com vista ao estabelecimento de compromissos “claros e visíveis” assumidos pelas cidades nos Contratos das Cidades Climáticas, explica o executivo comunitário.
As áreas urbanas da UE acolhem 75% do total de cidadãos. Globalmente, as áreas urbanas consomem mais de 65% da energia mundial, sendo responsáveis por mais de 70% das emissões de dióxido de carbono.
“Por conseguinte, é importante que as cidades atuem como ecossistemas de experimentação e inovação para ajudar todas as outras na sua transição para se tornarem neutras do ponto de vista climático até 2050”, justifica Bruxelas na informação enviada à imprensa.
Para chegar a estas 100 cidades, a Comissão Europeia lançou um convite à manifestação de interesse dirigido às cidades, entre 25 de novembro de 2021 e 31 de janeiro de 2022, ao qual concorreram 377 cidades de todos os Estados-membros da UE, bem como de nove países associados ou potencialmente associados, das quais 362 foram consideradas elegíveis.
As 100 cidades escolhidas representam 12% da população da UE.