Guimarães é o município mais sustentável do país

A nível ambiental
Paço dos Duques. Foto: Divulgação / Arqivo

Guimarães e outros seis municípios portugueses obtiveram um índice igual ou superior a 80% no programa EcoXXI 2019, no qual participaram 53 concelhos de todas as regiões, que representam mais de 30% da população portuguesa, foi na sexta-feira anunciado.

Na cerimónia de entrega do Galardão EcoXXI 2019, que decorreu na sexta-feira à tarde na Lousã, distrito de Coimbra, os municípios de Guimarães, Lisboa, Águeda, Pombal, Torres Vedras, Loures e Alfândega da Fé estiveram em destaque por atingirem os mais elevados índices de pontuação, num conjunto de 21 indicadores.

Pelo terceiro ano consecutivo, Guimarães foi distinguido com a pontuação mais elevada, sendo considerado o município mais sustentável do país.

“Guimarães assume em definitivo esta marca da sustentabilidade ambiental na sequência do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos e assente num compromisso político que abrange toda a comunidade”, destacou Adelina Pinto que representou o Município na sessão do programa Eco XXI.

“As questões voltadas para o ambiente e sustentabilidade fazem parte do quotidiano do concelho de Guimarães e é nesse sentido que está a ser desenvolvido um amplo trabalho assente nas escolas, nas juntas de freguesia, nas instituições e comunidade em geral”, acrescentou.

Das 53 candidaturas submetidas ao programa, 48 municípios foram galardoados com a bandeira verde por atingirem um índice igual ou superior a 50%, enquanto cinco não conseguiram atingir os objetivos mínimos para serem distinguidos.

“Todos os municípios participantes caminharam no caminho da sustentabilidade e hoje vimos reconhecer [nesta cerimónia] que todos estamos a trabalhar no mesmo sentido”, afirmou José Archer, presidente da Associação Bandeira Azul (ABAE), promotora do programa EcoXXI.

Salientando os “ótimos resultados atingidos este ano”, o dirigente destacou o “elevado nível de superação das metas propostas, com cada município a atingir ano após ano objetivos mais elevados”.

“Isto mostra que, além da participação, cada município, ano após ano, se vai revelando mais capaz em organizar o seu território, em ter a prestação dos seus munícipes e em desenvolver de forma mais harmoniosa o seu município”, sublinhou.

Em 2019, o programa EcoXXI igualou este ano a maior participação desde a sua implementação, 53 municípios, número só atingido em 2017, tendo registado o regresso de participação dos concelhos de Lisboa e Bragança e a adesão de quatro novos municípios, apesar da interrupção de três participantes da edição anterior.

Na edição deste ano, o distrito de Lisboa foi o mais participativo, com oito concelhos, seguido de Coimbra, com sete municípios, e da Região Autónoma dos Açores, com seis.

Na sua intervenção, o presidente da ABAE salientou que o programa EcoXXI “é uma ferramenta que se revelou de extrema utilidade para os municípios medirem o seu desempenho no caminho da sustentabilidade do seu desenvolvimento”.

“Acima de tudo é um símbolo de visão, de coragem e determinação. É um símbolo de visão porque o autarca que pega no EcoXXI é aquele que, de facto, percebe que há uma direção a seguir, um objetivo a atingir, faz o diagnóstico da posição em que se encontra, escolhe o caminho, por mais difícil que seja, e inicia a caminhada”, sublinhou.

Segundo José Archer, “essa visão permite que as orientações, políticas e decisões [dos autarcas] sejam orientadas no caminho da sustentabilidade e é assim que o município começa a progredir”.

A edição de 2020 do EcoXXI introduz algumas alterações com a integração de um questionário aos funcionários das autarquias e medidas de proteção do solo e de combate às alterações climáticas.

O programa EcoXXI assenta a sua avaliação em 21 indicadores, contribuindo para a monitorização e aferição de ações e políticas em diversas áreas da sustentabilidade de cada município que se candidate.

Notícia atualizada a 27 de outubro com informação da classificação do município

 
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