Guimarães: “É o investimento na ciência que mais transformações opera no território”

Foto: Rui Dias / O MINHO / Arquivo

O presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, afirmou, esta segunda-feira, a intenção da autarquia em continuar a aposta na ciência e no conhecimento como motor de transformação económica no território.

“Guimarães tem mantido uma parceria muito forte com as instituições de ensino e com os centros de investigação, como é o caso da Universidade do Minho, Universidade das Nações Unidas e IPCA, e também do DTx, porque existe uma forte convicção de que é o investimento na ciência que mais transformações opera no território, a par da educação e da cultura”, referiu no âmbito da cerimónia do 5.º aniversário do DTx colab, uma associação dedicada à investigação aplicada em diferentes áreas associadas à transformação digital, no Ave Park.

O presidente da Câmara disse que as empresas e os seus departamentos de investigação e desenvolvimento devem fixar na sua memória o DTx colab (Digital Transformation Colab), com sede na Escola de Engenharia da Universidade do Minho, uma estrutura fundamental para a sua Inovação e Produtos “Inteligentes“.

Em seguida, Domingos Bragança, enunciou um conjunto de projetos de investimento municipal do próximo quadro comunitário que serão destinados à área da ciência, e que englobam a instalação da Escola-Hotel do IPCA na Quinta do Costeado, a instalação da Engenharia Aeroespacial na Fábrica do Arquinho e a Academia de Transformação Digital, na Fábrica do Alto, onde também será instalado um Polo do DTx.

“Este é um investimento avultado e que, quanto a mim, nos coloca no caminho certo, um caminho que já nos trouxe até ao Instituto Cidade de Guimarães, bem aqui ao lado, ou à recuperação do edificado do Campus de Couros, onde está instalada a Universidade das Nações Unidas. É este trabalho colaborativo do DTX colab, da transformação digital, que é decisivo para todas as empresas, independentemente da sua dimensão, e que temos que alavancar, para que, através de projetos transversais ou específicos possamos servir a Indústria de Portugal e da Europa, e fazermos de Guimarães e do seu território um polo de Inovação, Indústria e Internacionalização [aludindo à intervenção de António Cunha]”, concluiu.

António Cunha, presidente da CCDR-N, deu relevo à dimensão internacional dos projetos do DTx, e ao facto da grande maioria da inovação em Portugal se situar na região Norte.

“Este projeto do DTx é um projeto de talentos, que mistura várias áreas da engenharia numa simbiose perfeita entre mecânica, eletrónica e comunicações”, frisou. O presidente da CCDR-N lembrou ainda que é no Norte do país que se situa a mais importante região de manufatura da Europa, e que esta necessita de inteligência, dados e conectividade.

António Cunha falou também da Estratégia da Região Norte, a região que mais cresceu nos últimos quatro anos, e referiu um trabalho de ‘benchmarking’ realizado que pretendeu avaliar os Sistemas Regionais de Inovação. Para António Cunha, é necessário construir um futuro, que a Norte passa pela Inovação, Indústria e Internacionalização, e também pelo que se faz no DTx.

António Trigo, presidente da Associação Nacional de Inovação, falou dos grandes desafios que o país enfrenta e do facto de em Portugal ser feita ciência e tecnologia ao nível do melhor que se faz no mundo. “Vocês (DTx) fazem isso acontecer e vocês foram pioneiros, identificando uma necessidade específica de transição digital. O DTx não é um projeto, é já uma instituição”, disse.  

António Trigo, a finalizar, deixou um desafio ao DTX: constituir-se como um ‘role model’ na área da investigação e desenvolvimento colaborativos.

 
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