O GUIdance vai colocar a companhia Dançando com a Diferença em destaque, na edição que decorre entre 02 e 11 de fevereiro, e receber estreias nacionais de Akram Khan, Cassiel Gaube e Jacopo Jenna, anunciou hoje a organização.
“Natureza, trans formação e outras práticas sensíveis: a felicidade que nos aguarda. Daqui nos lançamos para compor uma série de probabilidades inesperadas, neste lugar de encontro que é o GUIdance, orientados pela luz interna do movimento e pelo contraste dos corpos singulares. Nesta edição, a trans formação em curso vai colocar-nos novos problemas e sugerir modos (mais) sensíveis de encarar o resgate da felicidade que nos foge”, pode ler-se na apresentação do festival de dança, patente no ‘site’ da cooperativa A Oficina.
O festival, hoje apresentado em Guimarães, vai abrir no dia 02 de fevereiro, no Centro Cultural Vila Flor, com “BAqUE”, de Gaya de Medeiros, um espetáculo que se estreia na quinta-feira, no Teatro do Bairro Alto, em Lisboa.
Um dia depois, a companhia Dançando com a Diferença apresenta as peças “Blasons” e “Doesdicon”, nas quais se junta aos coreógrafos François Chaignaud e Tânia Carvalho. No final, vai haver uma conversa com o diretor artístico da companhia, Henrique Amoedo.
A Dançando com a Diferença volta aos palcos, em Guimarães, novamente no Teatro Jordão, no dia 09 de fevereiro, com “Beautiful People”, numa colaboração com Rui Horta que se estreou em 2008, na Madeira, onde a estrutura está sediada.
“‘Beautiful People’ não esconde a deficiência, nem a embrulha em sentimentos de piedade. De certo modo, aquilo que Rui Horta faz é tornar mais visível a brutalidade e a injustiça com que a sociedade trata a pessoa com deficiência. Alguns gestos parecerão chocantes, como o corpo que é cruelmente lançado fora da cadeira de rodas”, pode ler-se na sinopse no ‘site’ de A Oficina.
“O Dançando com a Diferença surgiu como um projeto-piloto no ano de 2001 na Região Autónoma da Madeira. Pretendia-se implementar atividades de Dança Inclusiva, inexistentes na Madeira naquela altura e anos depois constituiu-se como uma companhia profissional que, atualmente, tem vários objetivos destacando-se, entre eles a possibilidade de juntar em palco pessoas com e sem deficiências por uma só causa: Dançar”, explica a companhia, na sua página.
No dia 07, vai ainda ser apresentado o registo integral do espetáculo “Endless”, seguindo-se uma conversa com Henrique Amoedo.
No âmbito do GUIdance, Henrique Amoedo vai fazer visitas a escolas do concelho, tal como Gaya de Medeiros.
No dia 04 de fevereiro, a Black Box do Centro Internacional das Artes José de Guimarães vai receber a estreia nacional de “Some Coreographies”, de Jacopo Jenna, que é “um diálogo entre a bailarina Ramona Caia e uma série de vídeos projetados de diferentes estilos de dança e sequências de movimentos”.
No mesmo dia, vão ser apresentadas mais duas obras: “Gran Bolero”, de Jesús Rubio Gamo, revisitação da composição de Maurice Ravel em estreia nacional, e “Silent Disco”, do teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser.
“Carcaça”, de Marco da Silva Ferreira, no dia 08, “Soirée d’études” (dia 10), do belga Cassiel Gaube, e “O Elefante no Meio da Sala” (dia 11), de Vânia Doutel Vaz, são outros espetáculos que completam o programa.
A encerrar o GUIdance 2023, no dia 11, o grande auditório do Centro Cultural Vila Flor recebe “Jungle Book reimagined”, da companhia de Akram Khan, que reimagina “O Livro da Selva” num “futuro próximo”, em que “uma família é separada ao fugir da sua terra natal devastada pelo impacto das mudanças climáticas”. Após o espetáculo haverá uma conversa com o coreógrafo britânico, que também dará uma ‘masterclass’ no dia 09.